Pai de menino desaparecido na Madeira critica atuação da Polícia Judiciária
Porto Canal / Agências
Funchal, 21 jan -- O pai da criança de 18 meses que está desaparecida desde domingo no Estreito da Calheta, na Madeira, criticou hoje a atuação da Policia Judiciária (PJ) e pediu o regresso do filho.
"A polícia não está a fazer um bonito trabalho", afirmou Carlos Abreu Sousa, pai do Daniel, acusando a PJ de não mostrar a "devida capacidade de procurar, de investigar".
"Estão parados à espera que alguém faça alguma coisa, mas eles é que têm que fazer, a gente desconta tanto que é para alguma coisa", lamentou em declarações aos jornalistas junto à casa onde vive.
"Eles estão a tratar uma criança de ano e meio como se fosse um adulto que caminhasse e soubesse vir pelos próprios pés", insistiu, lembrando que "é uma criança de ano e meio, se caminhou foi pela mão de alguém".
Segundo o pai da criança desaparecida, "eles [autoridades] não estão a procurar, o que está a intrigar é que eles estão num silêncio e a gente está num beco sem saída".
Carlos Sousa sublinhou ainda que não pretende com as críticas "incriminar ninguém, nem pôr culpas em ninguém", mas apenas ter o filho de volta.
O pai da criança relatou ainda que o Daniel "estava dentro de casa a brincar e, entretanto, saiu para se dirigir à mãe", um momento em que "desapareceu sem deixar rasto".
"Aquilo foi alguém que entrou e pegou nele e levou, ou fosse de carro, ou entrou logo numa vereda logo a seguir", disse.
O casal Carlos Abreu Sousa (26 anos) e Lídia Freitas (24 anos) têm dois filhos a Mariana (de três anos) e o Daniel (de 18 meses), que se encontra desaparecido desde domingo quando se encontrava na casa de um tio, na companhia também de outros familiares, no sítio dos Reis Acima, na zona alta do Estreito das Calheta, na Calheta, o maior concelho em extensão da Região Autónoma da Madeira.
O casal não tem ocupação laboral, embora Carlos Sousa se dedique à lavoura nos terrenos quase contíguos à habitação. O casal vive na casa dos pais de Carlos Sousa no sítio das Laranjeiras, no cimo do concelho.
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