António Costa alerta para perigo da ilusão de que não vai haver fogos

| Política
Porto Canal com Lusa

O primeiro-ministro alertou este sábado que o "maior perigo" é alguém ter a ilusão de que não vai haver incêndios e realçou o "esforço extraordinário" que está a ser feito na prevenção, para que o risco seja minorado.

Atualizado 15-05-2018 12:07

"É preciso que o país tenha, para sua própria segurança, consciência de que, apesar disto tudo, vai haver incêndios. A maior ilusão e o maior perigo é alguém ter a ilusão de que pode não haver incêndios", afirmou António Costa, em Montalegre, onde discursou após ter assistido à assinatura de protocolos de criação de novas equipas de sapadores florestais.

O chefe do Governo insistiu na ideia do "esforço extraordinário" que está a ser feito, como "nunca o país tinha feito", para que o "risco de haver incêndios seja minorado, porque há mais prevenção".

"Mas, para que tudo isto seja possível aquilo que é essencial é aproveitarmos cada minuto, cada hora, cada dia da época que ainda estamos a viver para fazer o maior número de quilómetros de faixas de interrupção, a limpeza do maior número de hectares possível, assegurar que, num maior número de povoações e de casas, há o afastamento devido para a sua proteção".

E continuou: "É um trabalho que lá à frente não vamos poder fazer porque as condições meteorológicas não vão permitir, mas que, agora, temos que nos concentrar e empenhar em fazer em todo o território nacional".

Para António Costa, é preciso continuar a fazer aquilo que é um "grande desígnio nacional", que é "valorizar a floresta, para que ela deixe de ser um perigo e uma ameaça, mas, pelo contrário, seja uma fonte de enriquecimento dos territórios, de fixação e atração das populações".

O primeiro-ministro salientou ainda que está a ser cumprida a meta de atingir as 400 equipas de sapadores florestais este ano e garantiu que, em 2019, o país terá quinhentas.

O governante destacou ainda "a novidade importante", introduzida este ano, da criação das brigadas de sapadores florestais que agem a nível supramunicipal, porque "o fogo não identifica as fronteiras dos municípios".

António Costa passou esta manhã pelas aldeias de Curros, em Boticas, e de Medeiros, Montalegre, no distrito de Vila Real, para assistir a ações de limpeza de floresta, de criação de faixas de gestão de combustível e de fogo controlado.

Segundo o primeiro-ministro, só por conta do Estado, foi fixado o objetivo de construção de 3.300 quilómetros lineares destas faixas de interrupção de combustível.

Relativamente ao distrito de Via Real, disse que estão a ser feitos 170 quilómetros de faixas de interrupção de combustível, que é mais do que os 150 quilómetros que foram construídos ao longo dos últimos cinco anos.

"Só no que diz respeito ao Estado, já assumimos o compromisso de proceder à limpeza de 1.600 hectares em torno de aglomerados e de casas, metas que já está integralmente alcançada", salientou ainda.

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