Arábia Saudita abre cinemas depois de 35 anos de proibição

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Porto Canal com Lusa

Riade, 19 abr (Lusa) - A exibição do filme "A Pantera Negra" na Arábia Saudita, na quarta-feira, pôs fim a uma longa proibição, que se estendeu por mais de três décadas, dos cinemas no país.

A sessão especial foi vista por membros do governo e profissionais da indústria no cinema "King Abdallah", uma antiga sala de concertos em Riade. As portas abrem ao público no próximo mês.

O filme da Marvel, o terceiro maior êxito da história nas bilheteiras dos Estados Unidos, foi exibido depois da cadeia norte-americana AMC Entertainment obter, finalmente, a primeira licença para explorar salas do reino saudita.

"Bem-vindos a uma era em que filmes podem ser vistos pelos sauditas, não no Dubai, não em Londres, mas dentro do reino", disse o diretor executivo da AMC Entertainment, Adam Aron. Um "dia histórico" para a empresa, assim como para a Arábia Saudita, sublinhou.

Evocando o enredo narrativo do filme "Pantera Negra", a história do jovem monarca de um reino fictício na selva, Aron brincou: "É a história de um [jovem] rei que transforma uma nação, o que poderá parecer familiar para alguns de vós".

A abertura do cinema é a mais recente reforma que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman tem empreendido nos últimos tempos, na esperança de abrir o país culturalmente e diversificar a economia.

Nos últimos dois anos, o príncipe levantou proibições sobre concertos públicos e autorizou que membros de ambos os sexos possam entrar em estádios de futebol. A partir do verão, as mulheres também vão poder conduzir.

No entanto, e tal como acontece com os programas de televisão, os filmes exibidos no cinema estarão sujeitos a censura, nomeadamente a tabus relacionados com sexo, religião e política.

FST // EJ

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