Ministro da Economia diz que crescimento ainda demorará a refletir-se na vida dos portugueses

Ministro da Economia diz que crescimento ainda demorará a refletir-se na vida dos portugueses
| Economia
Porto Canal / Agências

O ministro da Economia defendeu hoje, no Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, que o crescimento do setor do calçado e de outros da indústria nacional ainda vai demorar a traduzir-se na melhoria efetiva das condições de vida dos portugueses.

Depois de uma visita à fábrica onde se produzem os sapatos da marca Luís Onofre, em Oliveira de Azeméis, Pires de Lima reconheceu, no centro tecnológico de S. João da Madeira, - onde era aguardado por sindicalistas em protesto - que o setor do calçado é "um belíssimo exemplo" do crescimento registado na economia nacional.

"Este crescimento ainda vai obviamente demorar algum tempo a traduzir-se na melhoria das condições de vida dos portugueses, que fizeram todos um enorme esforço para que Portugal pudesse fazer o seu processo de reajustamento e terminá-lo no mês de maio", afirmou o governante.

Pires de Lima realçou que "são mais de 15 os setores da indústria portuguesa que estão a crescer e a ganhar quota nos mercados internacionais, com fatores de competitividade assentes no valor acrescentado". "Isso é um capital enorme de esperança que, espero que mais cedo do que tarde, se vai traduzir na melhoria das condições de vida dos portugueses", acrescentou.

No exterior do edifício de S. João da Madeira, encontravam-se cerca de 40 elementos da União de Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, em representação de diferentes setores públicos e privados, entre os quais calçado, têxteis, ensino, metalurgia, química, correios e telecomunicações, que reclamavam o fim deste Governo.

Adelino Nunes, da direção desse organismo, explicou que a concentração era uma forma de protesto contra "o ciclo vicioso e destrutivo da austeridade, da recessão económica e do retrocesso social que agrava a exploração e o empobrecimento dos trabalhadores".

Atribuindo também a Pires de Lima a responsabilidade pela "aplicação das políticas de exploração, empobrecimento e regressão económica e social em Portugal", o sindicalista exigia "a mudança de política e de Governo".

No caso específico do calçado, que esta tarde motivou a visita do governante a Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Guimarães, Adelino Nunes lamenta também que, embora essa área da indústria seja sempre apontada como um exemplo de desenvolvimento, "esse continue a ser um setor de salários muito baixos".

"O país só pode ir para a frente se os trabalhadores tiverem um aumento real dos salários, para que possa crescer também a qualidade do emprego e a capacidade de consumo das pessoas", concluiu o dirigente sindical.

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