Assaltantes que provocaram acidente de comboio a fugir à GNR vão a julgamento em Sintra

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Porto Canal / Agências

Torres Vedras, 06 jan (Lusa) - O Ministério Público (MP) de Torres Vedras deduziu acusação contra os assaltantes de dois estabelecimentos comerciais naquela cidade, que se envolveram em tiroteio com a GNR durante uma perseguição até Sintra, onde vieram a causar um acidente ferroviário.

Os dois arguidos, de 27 e 47 anos, são acusados, cada um, de dois furtos qualificados e um simples, recaindo ainda sobre um deles crimes de condução perigosa, dano qualificado, resistência e coação às autoridades policiais e atentado à segurança de transporte de caminho-de-ferro, refere a acusação, a que a agência Lusa teve hoje acesso.

Os dois arguidos formavam um grupo, composto por um terceiro homem que está por localizar, que, na madrugada do dia 03 maio de 2013, se deslocou - numa viatura furtada dias antes em Vale de Cambra - a localidades do concelho de Torres Vedras.

Aí, partiram o vidro da montra de um café em Santa Cruz e outro na Silveira, furtando as respetivas máquinas de tabaco, com maços de tabaco no valor de 10 mil euros e 200 euros em dinheiro.

Alertada por populares, devido ao estrondo provocado pelos vidros a partir, a GNR iniciou uma perseguição ao grupo, envolvendo militares de vários postos territoriais.

A perseguição prolongou-se por 35 quilómetros durante quase uma hora, atravessando localidades do litoral dos concelhos de Torres Vedras, Mafra e Sintra em alta velocidade, pondo em perigo pessoas e a circulação automóvel.

Além de desrespeitarem sinais e regras de trânsito, estão acusados de provocar estragos em várias viaturas da GNR, ao efetuarem manobras de marcha atrás no sentido de as imobilizar, e quase atropelando vários militares, ao não pararem perante as abordagens e tiros de advertência.

Um dos militares ficou ferido e necessitou de receber assistência hospitalar.

Já em Sintra, na zona de Pero Pinheiro, seguiram com a viatura pelo caminho-de-ferro da Linha do Oeste e, quase um quilómetro depois, vieram a abandonar aí a viatura, provocando um acidente às 05:48, em resultado do embate de um comboio.

A composição, onde seguiam seis pessoas, arrastou o veículo 100 metros. O acidente paralisou a circulação ferroviária na Linha do Oeste durante mais de cinco horas e provocou estragos na linha e no comboio avaliados em mais de 20 mil euros.

Um dos arguidos sofreu ferimentos, alegadamente provocados por um tiro disparado pela GNR, e foi detido pela PSP a 300 metros do local, em Almargem do Bispo, enquanto o segundo veio a ser identificado e detido em outubro, após buscas domiciliárias, tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva.

O julgamento, ainda sem data marcada, vai decorrer em Sintra, uma vez que o Tribunal de Torres Vedras se declarou "territorialmente incompetente" para julgar o caso, atendendo a que os crimes ocorreram na área da comarca da Grande Instância Criminal de Lisboa Noroeste, segundo o processo entretanto remetido a julgamento.

FYC // JLG

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