Eurogrupo: Moscovici quer um presidente que marque golos, seja ele Ronaldo ou Messi

| Política
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 04 dez (Lusa) -- O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, defendeu à entrada para a reunião do Eurogrupo que o importante é que o presidente hoje eleito seja capaz de "marcar golos, seja ele Ronaldo, Messi, Griezmann ou Benzema".

Em declarações à entrada para a reunião do fórum de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, na qual vai ser eleito o terceiro presidente do Eurogrupo -- entre Mário Centeno, o luxemburguês Pierre Gramegna, o eslovaco Peter Kazimir e a letã Dana Reizniece-Ozola -, Moscovici lembrou que, embora tenha lugar à mesa, "são os (19) ministros que vão votar", e garantiu que trabalhará "muito bem" com quem quer que seja eleito, ainda que admita ter uma "preferência pessoal", por Mário Centeno, ainda que sem a assumir.

O comissário francês disse não ser difícil adivinhar a sua "preferência pessoal", pois não é segredo a família política à qual pertence, a dos Socialistas Europeus, "e sabe-se que essa família política adotou uma posição" (de apoio a Centeno, na reunião celebrada em Lisboa entre sexta-feira e sábado passados), mas vincou que o importante é que o Eurogrupo tenha um novo presidente tão eficaz quanto os dois anteriores.

Recordando que o Eurogrupo teve até agora dois presidentes, Jean-Claude Juncker e Jeroen Dijsselbloem, comentou que ambos têm "personalidades e estilos diferentes, mas ambos conseguiram marcar golos, para usar uma metáfora futebolística", e o importante é que assim continue, "seja com Ronaldo, Messi, ou Griezmann ou Benzema", afirmou, juntando às "estrelas" de Portugal e Argentina nomes de dois futebolistas seus compatriotas.

Há meses, o antigo ministro alemão Wolfgang Schäuble "batizou" o ministro Centeno como "o Ronaldo do Ecofin", alcunha desde então muitas vezes utilizada nos corredores do Eurogrupo.

Pierre Moscovici preferiu enunciar aquelas que considera deverem ser as três grandes prioridades de quem for hoje eleito: aproveitar o bom momento que a zona euro atravessa para aprofundar a união económica e monetária; trabalhar com vista à conclusão atempada, no próximo verão, do programa de assistência à Grécia; promover a democratização e transparência do Eurogrupo.

"Estes desafios exigem uma liderança forte. Qualquer dos quatro candidatos -- e conheço-os a todos e gosto deles todos -- que vença a eleição de hoje pode contar com o meu forte apoio nos importantes meses que se seguem para a zona euro. E atuaremos como uma equipa, para fazer face aos desafios e discussões que nos esperam", declarou.

ACC/IG// ATR

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.