Eurogrupo: PSE não pode ficar refém dos conservadores, Mário Centeno é a resposta

| Política
Porto Canal com Lusa

O Partido Socialista Europeu (PSE) não pode ficar refém dos conservadores e dos populismos da extrema-direita, razão pela qual apoia o candidato português Mário Centeno à presidência do Eurogrupo, disse este sábado o presidente daquela família política europeia.

Atualizado 03-12-2017 11:31

Serguei Stanishev, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa que antecedeu o encerramento da reunião do Conselho do PSE, que decorreu desde sexta-feira em Lisboa, salientou que os socialistas europeus, através da candidatura de Mário Centeno, têm a responsabilidade de liderar a Europa em direção a novos horizontes.

"Temos a responsabilidade de liderar a Europa em direção a novos horizontes, para que crie novas e melhores possibilidades, justiça, igualdade, competitividade e proteção para os países europeus e para os cidadãos", salientou Stanishev.

Segundo o líder do PSE, a resolução política aprovada sexta-feira durante os trabalhos do Conselho constitui as bases da visão socialista para o progresso dos governos de esquerda na Europa.

"Não podemos permitir que o debate sobre o nosso futuro fique refém nem dos conservadores, que levaram os europeus a perder confiança nas políticas das nossas instituições, nem dos nacionalistas, nem da extrema direita, dos populistas, que apenas querem destruir a ideia europeia", acrescentou.

Tendo sempre como pano de fundo a candidatura do Ministro das Finanças português à presidência do Eurogrupo, Stanishev lembrou que Centeno tem "todo o apoio" dos socialistas europeus, considerando-o "competente e eficiente".

"Estamos muito entusiasmados, porque podemos ver que um Governo socialista, em circunstâncias muito difíceis e com um passado pesado de austeridade, conseguiu grande sucesso com as suas medidas económicas e sociais. Isto não é nenhum exagero. Estamos aqui a assistir a um milagre em progresso", sustentou.

Stanishev lembrou a deslocação feita a Portugal durante a campanha das legislativas de 2015, tendo então reparado que as pessoas estavam "muito deprimidas" após vários anos de austeridade.

"Em apenas em dois anos, o Governo de António Costa conseguiu tanto, estabilizando a banca e o sistema financeiro, conseguiu estabilidade orçamental, criar 240 mil novos empregos e dar uma nova esperança para as pessoas", elogiou o presidente do PSE, sempre ladeado na conferência de imprensa pelo líder do PS português, que não falou.

Questionado sobre se falou com representantes de outras famílias europeias sobre a candidatura de Centeno, o presidente do PSE disse que sim, sublinhando que, nessas conversas, destacou o facto de, face ao balanço político e institucional na Europa, chegou a hora de os socialistas liderarem o Eurogrupo.

"E a mensagem de que Mário Centeno é o nosso candidato já foi entregue", enfatizou.

Sobre o futuro, Stanishev apelou aos socialistas do PSE para darem "o melhor" para que, nas eleições europeias de 2019, possam liderar a Europa na "grande reforma" que é necessária para dar estabilidade e convergência na zona euro, tendo em conta o Plano de Ação Social Europeu e o "Roadmap" para a Europa aprovado recentemente pelos socialistas em Gotemburgo (Suécia).

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