Eurogrupo: Lista de candidatos divulgada sexta-feira, Centeno deve ter rivais

| Economia
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 30 nov (Lusa) -- A lista final de candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo só será divulgada na sexta-feira, mas Mário Centeno deverá ter pelo menos a concorrência dos seus homólogos da Letónia e da Eslováquia.

O Governo português já anunciou formalmente hoje, ao final da manhã, a candidatura de Mário Centeno à eleição para a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro, que decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas, e foi até agora o único Estado-membro, entre os 19 pertencentes à zona euro, a assumir oficialmente a entrada na "corrida".

Contudo, também a ministra letã Dana Reizniece-Ozola (Verdes) e o ministro eslovaco Peter Kazimir (igualmente socialista) terão apresentado as respetivas candidaturas até ao prazo limite (11:00 de hoje em Lisboa), segundo a imprensa dos respetivos país, que citam fontes governamentais.

Contactada pela Lusa, a assessoria de imprensa do presidente do Eurogrupo escusou-se a revelar quantos candidatos estão na corrida à sucessão de Jeroen Dijsselbloem, apontando que a lista definitiva será publicada na sexta-feira de manhã, tal como já indicara o ainda presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro por ocasião do lançamento das candidaturas, em meados de novembro.

Oficial, para já, só é mesmo a candidatura de Mário Centeno, que tem prevista, para as 13:00, uma declaração à imprensa sobre a sua candidatura à presidência do Eurogrupo, indicou o Ministério das Finanças.

Mário Centeno, 50 anos, natural de Olhão, Algarve, é ministro das Finanças desde 26 de novembro de 2015 e é apontado agora pela generalidade da imprensa internacional como o grande favorito ao cargo, depois de ter sido o "eleito" entre os potenciais candidatos dos Socialistas Europeus, a família política com mais possibilidades de garantir (neste caso, manter) o posto até agora ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.

Kazimir também pertence à família política dos Socialistas Europeus, mas é conhecido por assumir posições mais próximas da chamada "linha dura", como aconteceu durante a última crise grega, quando a Eslováquia era dos aliados mais próximos do então ministro alemão Wolfgang Schäuble.

Segundo o Financial Times, a decisão final sobre qual o candidato a reunir o maior consenso foi tomada à margem da cimeira UE-África que decorre até hoje em Abidjan, em encontros entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, com os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e de Itália, Paolo Gentiloni, para decidir quem deveria avançar entre Centeno e o ministro italiano Pier Carlo Padoan - considerados os dois mais fortes concorrentes -, tendo a escolha recaído no ministro português.

O prazo para apresentação de candidatos ao cargo de presidente do Eurogrupo terminou hoje, às 11:00 de Lisboa, estando a eleição agendada para a reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira, em Bruxelas.

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