Dakar2014: "Limitações técnicas" impedem Carlos Sousa de ambicionar pódio

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 02 jan (Lusa) -- Carlos Sousa (Great Wall) disputa o seu 15.º DaKar empenhado em conquistar um lugar no top-10, admitindo que as limitações técnicas do seu Haval o impossibilitam de ter objetivos mais ambiciosos.

"As minhas expectativas são iguais às dos últimos dois anos. O carro é o mesmo, tecnicamente igual. Por isso, a nossa expectativa e a da equipa é entrar novamente nos 10 primeiros, pois não temos possibilidade de ambicionar mais", declarou à agência Lusa o piloto de Almada, que, de 05 a 18 de janeiro, participará no seu 15.º Rali Dakar.

Carlos Sousa, que deixou de se dedicar em exclusivo à competição, admite que "o pódio não está ao alcance", até porque, lembra, este ano houve um conjunto de alterações aos regulamentos técnicos que "beneficiam os buggies".

"Os buggies são os carros que têm estado a evoluir mais. Esperamos, por isso, que estejam muito fortes e são cerca de 10 a competir... Assim, se conseguirmos entrar nos 10 primeiros, será muito bom para os meios que temos", reforçou.

O traçado desta edição do Dakar será diferenciado para os veículos pesados (carros e camiões) - repartido entre Argentina e Chine - e para os mais leves (motas e "quads"), que disputam etapas pela primeira vez na Bolívia.

Carlos Sousa lamenta que o Dakar deste ano, apesar de ser mais longo, não passe pelo Peru: "Gostei muito de competir lá o ano passado. Tinha mais complicações, mais areia. Vamos voltar às especiais muito longas. Se, por um lado, tirar o Peru e aquele deserto pode ser mais fácil, por outro, vamos ter etapas mais longas e mais horas dentro dos carros".

O calor será mesmo o "maior inimigo de carro e piloto", considera o piloto, acrescentando que as poucas assistências planeadas exigem que "a fiabilidade da viatura seja muito grande".

Carlos Sousa recorda que em 2012 teve de superar temperaturas exteriores "superiores a 42 graus", que se tornam maiores dentro da viatura, "pois não há ar condicionado".

"Nestas condições, é muito difícil manter a concentração máxima por seis, sete, oito horas... Por vezes, uma distração leva-nos a ter as falhas mais ridículas e que deitam tudo a perder. O Dakar é uma prova de persistência, 15 dias em que se pode fazer tudo bem durante 14 e basta um minuto para estragar esta longa maratona", advertiu.

Apesar de entender que em África as etapas eram "mais perigosas e demolidoras", o experiente piloto recorda que sobram riscos no périplo sul-americano, pelo que "não se pode facilitar".

O Dakar disputa-se pela 35.ª vez (sem contar com a edição de 2008, anulada ainda antes da partida), a sexta na América do Sul.

O itinerário do mais importante rali todo-o-terreno do Mundo terá 9.374 quilómetros para os carros, dos quais 5.552 de "especiais", enquanto as motos terão de percorrer 8.734, incluindo 5.228 de troços cronometrados, repartidos em ambos os casos por 13 etapas.

RBA // VR

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