Prova não foi realizada por 192 docentes em escola de Beja

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Porto Canal

Protestos da maioria dos 192 professores inscritos para a prova de avaliação de conhecimentos impediram hoje a realização do exame na Escola Secundária D. Manuel I, em Beja, disse fonte sindical.

“Os 192 inscritos não estão a fazer a prova. Foram eles próprios que boicotaram isto e ninguém está a fazer a prova”, afirmou à agência Lusa Jorge Simão, do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), pouco tempo depois da hora prevista para o início do exame.

Segundo o sindicalista, dos cerca de 180 docentes do quadro do Agrupamento de Escolas N.º 2 de Beja convocados para vigiar a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC) na Escola Secundária D. Manuel I, “só 11 se disponibilizaram” para o efeito.

“Esses 11 foram distribuídos por três salas e pelo ginásio da escola”, estando previsto que, neste último espaço, a PACC fosse realizada por “cerca de 120 dos 192” professores contratados inscritos, explicou.

“Mas, dentro das salas e no ginásio, levantou-se tudo e está tudo aos gritos, em alto e bom som, a dizer que não há prova”, disse Jorge Simão, acrescentando que o protesto passou depois para os corredores, com os docentes a gritarem as mesmas palavras de ordem.

O representante do sindicato afirmou também que “alguns professores queimaram cópias de certificados de habilitações” e que “alguém acionou o alarme de incêndio do ginásio”.

“Não estão reunidas as condições para se fazer a prova e os professores, por iniciativa própria, não a estão a realizar”, frisou.

Devido aos protestos, a comissão administrativa provisória do agrupamento pediu a intervenção da PSP, a qual, explicou à Lusa o comandante da Polícia de Beja, o superintendente Viola da Silva, esteve no local apenas para “evitar atritos”.

Ana Constantino, professora de matemática licenciada desde 2009, atualmente a dar formação em Aljustrel, é uma das docentes que devia ter efetuado a PACC, mas recusou-se.

“Entrei na sala para realizar a prova, mas ninguém sabia exatamente os procedimentos a efetuar. Passado pouco tempo, recusei-me a fazer a prova, perguntei se podia sair e saí”, relatou à Lusa.

A professora disse que “alguns” dos seus colegas “queriam fazer a prova”, mas, até ter saído, “ninguém a estava a fazer”.

Ana Constantino argumentou não concordar com a PACC, considerando-a “um absurdo”.

“Estou licenciada. Se a minha universidade me licenciou é porque acha que estou apta para dar aulas e esta prova não faz qualquer sentido”, argumentou.

Mais de 13 mil professores contratados com menos de cinco anos de carreira deviam realizar hoje a PACC, em mais de uma centena de escolas pelo país, no mesmo dia em que os sindicatos da Fenprof, que contestam, a prova, marcaram uma greve.

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