O FC Porto goleou o Portimonense por 5-1, no Estádio do Algarve, no quarto jogo de pré-temporada e Sérgio Conceição gostou do que viu. Não de tudo, porém. O treinador azul e branco, um perfecionista confesso, não ficou satisfeito, nomeadamente “os últimos 15/20 minutos da primeira parte”, em que a equipa deixou de fazer aquilo que ele pretendia, ou seja apostar “na verticalidade, no espaço entre linhas e na profundidade do jogo”.

Num pequeno balanço aos quatro dias de estágio que leva o estágio em Lagos, Sérgio Conceição elogiou o afinco e a dedicação e o esforço com que os jogadores têm trabalhado, garantindo que o FC Porto “tem um bom grupo” que será capaz de fazer um “bom campeonato e de lutar pelo título.”

Notas positivas e negativas
“Tal como disse o treinador do Portimonense, Vítor Oliveira, é uma treta dizer que os resultados dos jogos particulares são uma treta. Quem tem espirito ganhador quer ganhar sempre e estes jogos também são para ganhar. De qualquer forma, não é o mais importante, mas sim aquilo que eu vi em largos períodos do jogo. Não na totalidade, porque sou um perfeccionista e não gostei dos últimos 15/20 minutos da primeira parte, porque deixámos de fazer o que estávamos a fazer bem, que era um misto entre a verticalidade, o espaço entre linhas e a profundidade. É preciso que sejamos uma equipa com grande mobilidade, capaz de acelerar o jogo num momento ao outro, com mudanças de ritmo.”

A segunda parte
No início da segunda parte houve algumas mudanças e na última meia hora fizemos aquilo que eu queria. É verdade que depois se notou alguma fadiga da parte dos jogadores, até porque ontem fizemos um jogo-treino, em que utilizámos todos os jogadores que hoje participaram neste jogo.”

Preparados para começar a Liga?
“Dentro daquilo que é a nossa ideia de jogo, acho que sim. Dentro daquilo que é o nível físico da equipa e, em alguns momentos, percebermos que somos uma equipa exposta, temos ainda que melhorar um ou outro aspeto. Isso de qualquer forma faz parte daquilo que é a nossos os nossos princípios e o que queremos para a equipa. Há coisas a melhor, mas isso é normal, faz parte da preparação.”

O espírito de grupo
“O que valorizo é o trabalho deles, é o dia a dia, aquilo que fazem no campo e o ambiente que se está a criar em termos de espírito de grupo – isso, sim, é verdadeiramente importante.”

O estágio no Algarve
“Tem sido positivo. Os jogadores têm aceitado bem esta carga, este esforço, este trabalho - não há nada a dizer. Hoje posso dizer que tenho 29 jogadores, todos com o mesmo espírito e alguns que hoje não tiveram a oportunidade de entrar, foram ter com os colegas no fim, para os felicitar. Temos um bom grupo para fazer um bom campeonato e lutar pelo título.”