Pedrógão Grande: Câmaras reafirmam urgência na reconstrução das habitações
Porto Canal com Lusa
Figueiró dos Vinhos, Leiria, 05 jul (Lusa) - Os presidentes de Câmara de Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande reafirmaram hoje, em uníssono, a urgência em se começar a trabalhar no terreno na reconstrução das habitações destruídas pelos incêndios.
"Esta reunião era imprescindível. É necessário articular o fundo 'Revita' para que se comece, com muita urgência, a fazer aquilo que as pessoas querem na prática (...), partir para a reconstrução das primeiras habitações. Queremos ver que, na prática, as coisas estão a andar", afirmou o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.
O autarca falava aos jornalistas, à saída da reunião que decorreu em Figueiró dos Vinhos, e que, além de si, juntou à mesa os presidentes dos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva.
O encontro teve como objetivo a criação de um fundo de apoio às populações e revitalização das áreas afetadas pelos incêndios.
"Temos que ter uma linha de ação muito rápida. O conselho de gestão deste fundo vai ter um autarca e decidimos, dada a harmonia existente entre os três municípios, que Fernando Lopes [Castanheira de Pera] será o nosso representante. O conselho vai ainda ter uma pessoa ligada às instituições de solidariedade e um representante do Governo", explicou.
O autarca adiantou ainda que a escolha recaiu sobre o seu homólogo de Castanheira de Pera, porque este, a partir de 01 de outubro, "terá disponibilidade total".
Já Fernando Lopes registou a celeridade com que o Governo está a tentar resolver a situação.
"Um autarca nunca pode estar satisfeito. Contudo, devo realçar a postura do Governo. Atendendo a isso, podemos dizer que estamos satisfeitos com o Governo", disse.
O presidente da Câmara de Castanheira de Pera reforçou a ideia já transmitida pelo autarca de Figueiró dos Vinhos, de que "é urgente começar, com uma rapidez muito grande, a trabalhar (...)".
Valdemar Alves, presidente do município de Pedrógão Grande, entende que não se pode trabalhar mais depressa e realçou a importância de regulamentar o fundo.
"O regulamento vai definir esta cruzada que vamos fazer", afirmou.
O incêndio que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.
As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e por Penela.
Este fogo, juntamente com outro que deflagrou no mesmo dia em Góis, que alastrou a Arganil, terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.
Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
CAYC // SSS
Lusa/Fim