AMP critica candidatura "centralista" de Lisboa a Agência Europeia do Medicamento

AMP critica candidatura "centralista" de Lisboa a Agência Europeia do Medicamento
| Política
Porto Canal com Lusa

A Área Metropolitana do Porto lamentou hoje a "visão centralista" da tutela que "drena tudo o que acrescenta valor ao território" para Lisboa, reiterando que a candidatura portuguesa à localização da Agência Europeia do Medicamento deve contemplar o Norte.

"Ficámos surpreendidos que apenas se tenha considerado Lisboa neste processo. Oxalá que a agência venha para Portugal - o que todos desejamos é que venha para Portugal - mas penso que teria sido adequado ponderar outras alternativas", disse à agência Lusa o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Emídio Sousa.

O responsável da Área Metropolitana do Porto comentava uma resolução do Conselho de Ministros publicada hoje em Diário da República, na qual se lê que "Portugal, enquanto país comprometido com os valores europeus e com uma postura ativa, institucional e da cidadania no projeto europeu, considera Lisboa a cidade apropriada para acolher a sede da EMA [Agência Europeia do Medicamento]".

O documento, que tem data de 27 de abril e é assinado pelo primeiro-ministro António Costa, revela que é objetivo do Governo "criar a Comissão de Candidatura Nacional para a instalação da Agência Europeia do Medicamento na cidade de Lisboa que funciona na dependência conjunta das áreas governativas dos negócios estrangeiros e da saúde".

"Ainda vamos tentar obter toda a informação, mas a partir do momento em que há uma resolução que define um grupo de trabalho para trabalhar na candidatura de Lisboa, naturalmente que a outra hipótese portuguesa que seria o Porto fica aqui muito condicionada", reagiu Emídio Sousa.

O líder da AMP considerou "lamentável que o país esteja a ponderar apenas uma hipótese", acusando a tutela de ter "uma visão centralista" que "drena para Lisboa tudo o que pode acrescentar valor ao território".

"Isto é muito perigoso e não é aceitável. Existem bons exemplos na Europa que Portugal devia seguir", disse, apontando que em Espanha a candidatura é de Barcelona e em Itália é de Milão e garantindo que a Área Metropolitana do Porto nunca foi abordada sobre o tema mas "não vai desistir".

"Seria importante que o país tivesse uma nova perspectiva do território. No mínimo bi-polar. Num país com 800 quilómetros de cumprimento por 200 de largura faz todo o sentido existirem dois polos, um a Sul e outro a Norte. E o polo a Norte é claramente o Porto e a região Norte", acrescentou.

Emídio Sousa argumentou que a agência em causa constitui uma atividade "altamente diferenciadora" que seria "importante para qualquer parte do país", sendo que, e acordo com o responsável, "o aeroporto do Porto tem uma margem significativa em relação ao de Lisboa que está saturado".

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