Terrorismo preocupa portugueses que estavam perto do ataque em Manchester

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Porto Canal com Lusa

O atentado em Manchester de terça-feira à noite colocou portugueses que vivem na cidade mais preocupados e assustados com a questão do terrorismo.

"Sinceramente nunca pensei que isto fosse acontecer em Manchester. Porque não é a cidade principal de Inglaterra, nunca tinha acontecido coisa igual e neste momento estou um bocado preocupado", admitiu José Matias à agência Lusa.

Além de viver a cerca de 500 metros da sala de concertos Arena de Manchester, também estava a trabalhar num hotel próximo, de onde se recorda de ouvir um "boom".

"Alguns pais vieram à receção perguntar o que é que se passava, tinham os filhos no concerto. De repente passaram cerca de 20 ambulâncias seguidas em direção à arena", descreveu.

O hotel decidiu acolher as pessoas, muitas das quais menores, que estavam na rua e deixá-las ficar na entrada enquanto entravam em contacto com os familiares.

"Nestas situações temos de fazer o nosso trabalho mas também temos de ser compreensivos com as pessoas", justificou.

Passadas menos de 24 horas, José Matias, que vive na cidade do norte de Inglaterra há cerca de dois anos, admite estar apreensivo.

"É preocupante porque vivemos mesmo no centro da cidade e acontecer um atentado a 500 metros de casa... Ontem não conseguia dormir, estava sempre a ouvir a polícia e os helicópteros a sobrevoar", referiu este empregado de bar.

O amigo e colega Pedro Reis falou da preocupação visível na cara das pessoas de Manchester.

"Vai haver muito medo em Manchester, pelo menos no primeiro mês nos primeiros dois meses, eu acredito que eles vão estar um bocadinho preocupados. É normal", afirmou.

Pelo seu lado, não negou estar inquieto, mas recusa deixar-se vencer pelos terroristas.

"Nós nunca sabemos onde é que podemos ir, onde é que podemos colocar os pés. Ainda há dois meses estive na Arena a ver um espetáculo. A qualquer momento isto podia acontecer, mas vou viver a minha vida normal, não há outra maneira", defendeu Pedro Reis.

O acolhimento dado pelo hotel onde trabalham os portugueses às vítimas do atentado foi um gesto replicado noutras partes da população de Manchester.

Durante a noite, taxistas ofereceram boleias gratuitas e hoje ainda era possível ver uma viatura de aluguer com uma folha de papel oferecendo "transporte gratuito, se for preciso".

Em algumas partes da cidade, estabelecimentos comerciais ofereceram bebidas frescas e comida a pessoas afetadas e a jornalistas que estão a acompanhar a história.

Foi o caso de Masood Akbarzai, gerente de um café próximo da estação de Victoria, que está encerrada devido à explosão de segunda-feira.

Manifestando-se "chocado e emocionado", fez questão de abrir portas esta manhã e tentar passar uma mensagem positiva.

"Não estamos muito longe do local, é a menos de 500 metros. Hoje, apesar de todos os outros comércios estarem fechados, nós viémos para ajudar as pessoas que estão aqui presas oferecendo comida e bebidas gratuitas ajudar a nossa comunidade", salientou.

Pelo menos 22 pessoas morreram e 29 ficaram feridas numa explosão na Arena de Manchester, no norte de Inglaterra, na segunda-feira no final de um concerto da cantora Ariana Grande, segundo o balanço mais recente da polícia.

O comandante da polícia de Manchester, Ian Hopkins, disse que as autoridades suspeitam que o responsável foi um homem apenas, que morrer na explosão e que "transportava um engenho explosivo improvisado, que detonou, causando esta atrocidade".

As autoridades britânicas, que estão a tratar deste caso como um "incidente de terrorismo", já anunciaram a detenção de um homem de 23 anos alegadamente relacionado com o atentado.

Os extremistas do Estado Islâmico reivindicaram, entretanto, o atentado.

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