António Costa só pôde sair à rua no dia seguinte à revolução

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 abr (Lusa) - O primeiro-ministro referiu hoje que passou o dia 25 de Abril de 1974 "fechado" em casa de uma amiga da mãe, a jornalista Maria Antónia Palla, mas que no dia seguinte saiu à rua para festejar "a liberdade".

António Costa contou como viveu o dia da "revolução dos Cravos", depois de lhe ter sido colocada a famosa questão da autoria do jornalista e escritor Baptista-Bastos: "Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?"

O líder do executivo contou então que, de madrugada, teve de sair de casa, porque a sua mãe, enquanto jornalista, teve de ir imediatamente trabalhar para cobrir os acontecimentos da revolução de Abril.

"A minha mãe colocou-me em casa de uma amiga, onde fiquei fechado todo o dia 25 de Abril, a acompanhar o que se podia saber pela televisão. Mas dia 26 de Abril já foi dia da liberdade e já pude ir para a rua", declarou o primeiro-ministro, sorrindo ao contar este episódio da sua vida.

António Costa chegou à residência oficial de São Bento pelas 15:00, cerca de 30 minutos depois de os jardins terem sido abertos ao público.

Rodeado de centenas de populares, o primeiro-ministro assistiu ao espetáculo do coro de crianças do grupo "Cant'arte", que interpretou canções de Zeca Afonso.

No fim, quando se dirigiu às crianças para as cumprimentar, estas surpreenderam-nos ao começarem a gritar "António, António, António".

Antes da leitura de poemas do dirigente histórico socialista e poeta Manuel Alegre, que assinala os 50 anos da sua obra "O Canto e as armas", António Costa tirou uma fotografia de revelação instantânea com o presidente do PS, Carlos César.

Pelos jardins de São Bento, Costa cruzou-se com vários membros do seu Governo, casos dos ministros do Trabalho (Vieira da Silva), da Administração Interna (Constança Urbano de Sousa), da Educação (Tiago Brandão Rodrigues) ou da Cultura (Luís Filipe Castro Mendes).

Mas também encontrou antigos ministros dos governos de José Sócrates, como Pinto Ribeiro, ou Mário Lino, que estava de cachimbo na boca e a quem deu um prolongado abraço.

PMF // JPF

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