Nuno Crato afirma que governo não irá permitir que greve dos professores prejudique alunos
Porto Canal
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, assegurou hoje que o Governo não "irá permitir" que a greve dos professores, marcada para o primeiro dia dos exames nacionais, a 17 junho, "prejudique a vida dos jovens".
"Há sempre espaço para o diálogo, estamos sempre abertos ao diálogo, mas como é evidente temos que tomar as medidas que estão previstas na lei" para evitar prejudicar os alunos, disse Nuno Crato, numa altura em que estão a ser definidos serviços mínimos para o dia da greve.
O ministro, que falava no final da cerimónia de entrega de prémios do concurso nacional "Imagens contra a Corrupção", lamentou que a "greve tenha sido anunciada ainda antes de terem começado as negociações" com os sindicatos.
Nuno Crato lamentou ainda que a greve dos professores tenha sido marcada para um dia de exames, afetando 75 mil alunos, reiterando que o governo não permitirá que "a vida dos jovens" e das famílias sejam "prejudicadas pela greve.
O ministro reconheceu anteriormente que as medidas a aplicar à Função Pública (mobilidade especial e aumento de 35 horas para 40 horas semanais de trabalho) vão abranger os professores, mas reiterou que tudo fará para que, na prática, os docentes não fiquem sujeitos ao regime de mobilidade.
"Não podemos deixar de estender aos professores aquilo que vai estender-se a toda a Função Pública", declarou então, sublinhando que a discussão com os sindicatos visa minimizar o impacto das medidas, por forma a causarem o menor transtorno possível na vida dos professores.
Os sindicatos contestam a aplicação das 40 horas semanais aos professores e o regime de mobilidade especial, medidas que o Governo decidiu impor à função pública.