Subsídio de desemprego incluído nos acordos para despedir nos Estaleiros de Viana

| Norte
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 29 nov (Lusa) - A atribuição do subsídio de desemprego fará parte dos acordos para rescisão dos contratos dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), pagando o Estado um mês de salário por cada ano de atividade.

A informação foi avançada hoje à agência Lusa por uma fonte ligada a este processo, que custará, globalmente, mais de 30 milhões de euros (30.114.171,09 euros) em rescisões, asseguradas com recursos públicos.

A atribuição do subsídio de desemprego "fará parte" dos acordos a propor aos 609 atuais trabalhadores dos ENVC que, com o encerramento daquela unidade, serão despedidos, no âmbito do plano amigável de cessação dos contratos a implementar até janeiro de 2014.

A empresa, precisou a fonte, pretende pagar a cada trabalhador um mês de salário por cada ano de atividade, parcela que representará 19.847.830,10 euros. Soma-se a esta, no acordo final de rescisão do contrato de trabalho, a parcela referente aos valores "proporcionais" aos subsídios de férias e de Natal, que custará 2.144.346,59 euros.

A última parcela, no valor de 8.121.994,40 euros, diz respeito às "responsabilidades por direitos adquiridos pelos trabalhadores no ativo", que na saída da empresa têm de ser "ressarcidos" para se "desvincularem" do Fundo de Pensões, para o qual descontaram.

Segundo o mais recente levantamento feito pela empresa, 153 trabalhadores dos estaleiros têm até 40 anos e 230 entre 41 e 54 anos.

Entre os 55 e os 56 anos os ENVC têm ao serviço 86 trabalhadores e com mais de 57 anos ou em situação de baixa prolongada estão 140 trabalhadores.

Ainda segundo a mesma fonte, 230 trabalhadores, depois de receberem as indemnizações devidas e após o subsídio de desemprego, estarão em condições de aceder à reforma.

Neste processo, a indemnização total, individual, mais baixa, já calculada pela administração dos ENVC, ronda os seis mil euros, enquanto a mais alta atingirá os 200 mil euros.

Em causa está a adjudicação da subconcessão dos terrenos, equipamentos e infraestruturas dos ENVC à Martifer, até 2031. Essa subconcessão, pela qual o grupo português pagará anualmente, ao Estado, 415 mil euros, será assumida já em janeiro pela nova empresa a criar para o efeito, denominada de West Sea e que pretende recrutar 400 dos atuais trabalhadores dos ENVC.

Fundados a 04 de junho 1944, no âmbito do programa do Governo para a modernização da frota de pesca do largo, os ENVC chegaram a empregar, de forma direta, cerca de 2.000 trabalhadores.

A empresa pública, nacionalizada em setembro de 1975, construiu em 69 anos mais de 220 navios de todos os tipos.

O concurso da subconcessão, anunciado em abril pelo Governo, previa em paralelo o encerramento da empresa e o despedimento dos trabalhadores.

Esta foi a solução definida pelo Governo português depois de encerrado o processo de reprivatização dos ENVC, devido à investigação de Bruxelas às ajudas públicas atribuídas à empresa entre 2006 e 2011, não declaradas à Comissão Europeia, no valor de 181 milhões de euros.

PYJ // JCS

Lusa/fim

+ notícias: Norte

Combustíveis ficam mais baratos. Saiba onde pode abastecer mais barato no Grande Porto

Esta segunda-feira, os automobilistas contam com boas notícias nas visitas aos postos de combustível. O preço médio tanto do gasóleo como da gasolina vai baixar esta semana.

Tribunal de Guimarães condena ex-autarca de Vizela Dinis Costa

O Tribunal de Guimarães condenou esta segunda-feira o ex-presidente da Câmara de Vizela Dinis Costa à pena suspensa de quatro anos e cinco meses por usar o cartão de crédito do município em proveito próprio, em refeições e alojamentos.

Despiste de carro em Ponte de Lima deixa vítima encarcerada

Uma vítima sofreu ferimentos e encontra-se encarcerada, na sequência de um despiste seguido de capotamento, que ocorreu ao início da tarde desta segunda-feira na fregusian de Friastelas, em Ponte de Lima, confirmou apurou o Porto Canal fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho.