Três agentes da polícia moçambicana suspeitos de sequestros
Porto Canal / Agências
Maputo, 12 nov (Lusa) - Dois agentes da polícia moçambicana (PRM) foram detidos na semana passada e um terceiro está em parte incerta, depois de tentativa de rapto de um cidadão em Maputo, capital do país, disse hoje uma fonte policial.
Falando, hoje, em conferência de imprensa, o porta-voz da PRM, Pedro Cossa, garantiu que a corporação está a diligenciar a captura do foragido para o esclarecimento do caso.
Os dois agentes detidos são efetivos e o terceiro já não consta dos efetivos policiais, e, segundo Cossa, é foragido da cadeia de máxima segurança de Maputo, conhecida como BO.
Segundo o relato do porta-voz policial, os suspeitos, simulando estarem em serviço, terão prendido um homem e meteram-no na bagageira de uma viatura, circulando, depois, por algumas artérias de Maputo, indo até Boane, nos arredores.
Durante este movimento, o raptado saiu da bagageira, tendo sido socorrido pela população e levado a uma das esquadras da cidade de Maputo.
Na reconstituição dos factos, os indiciados foram reconhecidos por outros colegas num dos postos por onde passaram e a corporação acredita haver matéria para levar os supostos sequestradores a tribunal.
O porta-voz da PRM defendeu que não se deve confundir a instituição policial e o mau comportamento de alguns agentes.
"Sempre que os indivíduos estiverem em ilicitudes, assume-se um comportamento de responsabilidade individual", disse Pedro Cossa.
"Encorajamos todos os cidadãos para que continuem a confiar na polícia, denunciando comportamentos impróprios, quer de agentes uniformizados, quer de agentes à paisana", acrescentou.
Moçambique está a ser afetado por uma onda de sequestros há cerca de dois anos, que visou primeiro empresários islâmicos e que afeta agora outras comunidades, como a portuguesa, e normalmente são exigidas avultadas somas de dinheiro em troca da libertação.
Os quatro portugueses que foram sequestrados recentemente foram todos libertados.
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