Degradar carreiras contributivas é ferir de morte Segurança Social - Vieira da Silva
Porto Canal com Lusa
Guarda, 22 nov (Lusa) - O ministro da Segurança Social advertiu hoje que degradar ao nível das prestações a relação entre carreiras contributivas e a componente não contributiva é "ferir de morte" a credibilidade dos sistemas universais de proteção social.
Vieira da Silva discursava nas Jornadas Parlamentares do PS na Guarda, numa intervenção em que procurou justificar os critérios base do Governo na política de aumento de pensões para o próximo ano.
De acordo com o membro do Governo, a atualização das pensões para o próximo ano teve como primeira prioridade a subida das pensões até aos 628 euros, privilegiando-se "as que estiveram congeladas na anterior legislatura, algumas delas de 300 ou 330 euros e que, pelo programa do PSD e CDS-PP, continuariam congeladas até 2019".
"Este Governo quis discriminar positivamente os pensionistas que foram penalizados e os que têm uma relação distinta com o sistema de Segurança Social. Uma relação com mais fortes carreiras contributivas", completou.
Vieira da Silva considerou então "uma questão fundamental de qualquer sistema de Segurança Social conseguir com a mesma política utilizar instrumentos de diferenciação dos mais frágeis (como o complemento solidário para idosos), mas não pondo em causa o caráter universal que tem de possuir um sistema de proteção social através da sua dimensão contributiva".
"Degradar a relação entre o esforço não contributivo e o contributivo do ponto de vista das prestações é ferir de morte um sistema de proteção social. Outros já o fizeram em outras partes do mundo e estão a pagar de forma muito cara no que respeita à credibilidade dos respetivos sistemas perante os cidadãos", sustentou o membro do Governo.
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