Degradar carreiras contributivas é ferir de morte Segurança Social - Vieira da Silva

| Política
Porto Canal com Lusa

Guarda, 22 nov (Lusa) - O ministro da Segurança Social advertiu hoje que degradar ao nível das prestações a relação entre carreiras contributivas e a componente não contributiva é "ferir de morte" a credibilidade dos sistemas universais de proteção social.

Vieira da Silva discursava nas Jornadas Parlamentares do PS na Guarda, numa intervenção em que procurou justificar os critérios base do Governo na política de aumento de pensões para o próximo ano.

De acordo com o membro do Governo, a atualização das pensões para o próximo ano teve como primeira prioridade a subida das pensões até aos 628 euros, privilegiando-se "as que estiveram congeladas na anterior legislatura, algumas delas de 300 ou 330 euros e que, pelo programa do PSD e CDS-PP, continuariam congeladas até 2019".

"Este Governo quis discriminar positivamente os pensionistas que foram penalizados e os que têm uma relação distinta com o sistema de Segurança Social. Uma relação com mais fortes carreiras contributivas", completou.

Vieira da Silva considerou então "uma questão fundamental de qualquer sistema de Segurança Social conseguir com a mesma política utilizar instrumentos de diferenciação dos mais frágeis (como o complemento solidário para idosos), mas não pondo em causa o caráter universal que tem de possuir um sistema de proteção social através da sua dimensão contributiva".

"Degradar a relação entre o esforço não contributivo e o contributivo do ponto de vista das prestações é ferir de morte um sistema de proteção social. Outros já o fizeram em outras partes do mundo e estão a pagar de forma muito cara no que respeita à credibilidade dos respetivos sistemas perante os cidadãos", sustentou o membro do Governo.

PMF // ZO

Lusa/fim

+ notícias: Política

Livre aprova grupo de trabalho sobre primárias e quer referendo à regionalização em 2026

O 14.º Congresso do Livre aprovou este domingo 21 das 25 moções específicas apresentadas aos congressistas, que incluem a criação de um grupo de trabalho para melhorar o processo de primárias e um referendo nacional sobre a regionalização em 2026.

Rui Rocha rejeita apoio a Costa para cargo a Europa e critica proposta do PS e da AD

O presidente da IL afirmou que o partido recusa apoiar António Costa para um cargo europeu por não ter uma visão reformista e criticou propostas dos cabeças de lista do PS e AD às europeias.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.