PS e CGTP de acordo com movimento nacional para forçar aumento do salário mínimo
Porto Canal
PS e CGTP-IN manifestaram-se hoje de acordo com a ideia de lançar-se um movimento nacional para forçar o Governo a aumentar imediatamente o salário mínimo e sobre a necessidade de parar a atual política de austeridade.
Estas posições de princípio comuns foram transmitidas aos jornalistas, em declarações separadas, pelo secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, e pelo dirigente socialista Miguel Laranjeiro no final de uma reunião que se realizou na sede nacional do PS.
"Houve um reconhecimento que, neste momento, é preciso lançar um movimento nacional de exigência pelo aumento imediato do salário mínimo nacional. Não podemos continuar a assistir a muitos dizerem que estão de acordo, mas, depois, quando chega a altura decisiva, há sempre uma desculpa para não concretizar o acordo celebrado", afirmou Arménio Carlos.
Segundo Arménio Carlos, essa proposta de lançar um movimento nacional a favor da atualização imediata do salário mínimo foi apresentada pela CGTP-IN na reunião "e teve o acordo do PS".
Já o secretário nacional do PS para a Organização referiu que se registaram na reunião "pontos de convergência sobre a necessidade de parar com esta política de empobrecimento das famílias, dos trabalhadores, dos pensionistas e das empresas".
"Houve ainda uma outra convergência sobre a necessidade de aumento do salário mínimo nacional - proposta que tem o acordo da generalidade da sociedade portuguesa, incluindo os parceiros sociais, e só o Governo e o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] estão contra. Deixamos o desafio ao primeiro-ministro no sentido de que, na quarta-feira, na reunião que terá com a concertação social, anuncie esse aumento do salário mínimo", afirmou Miguel Laranjeiro.
Miguel Laranjeiro considerou depois "absolutamente inaceitável que não esteja a ser cumprido o acordo de concertação social que previa o aumento do salário mínimo nacional".