Moçambique e Portugal vão analisar cooperação contra raptos - embaixador português

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Porto Canal / Agências

Maputo, 08 nov (Lusa) - Moçambique e Portugal vão analisar a cooperação contra a vaga de raptos que assola o país, após o governo de Lisboa ter mostrado disponibilidade para esse apoio, disse à Lusa o embaixador português em Maputo, José Augusto Duarte.

O diplomata português reuniu-se hoje com governantes moçambicanos, depois de Portugal ter manifestado a intenção de poder ajudar o país a conter a vaga de crimes, se for pedida ajuda nesse sentido.

"Tive encontros com autoridades moçambicanas ao nível governamental, que manifestaram o seu apreço pela solidariedade das autoridades portuguesas face à situação que se vive em Maputo. Registaram com o maior agrado a oferta dessa cooperação e vamos ver, de forma, reservada como é que ela pode ser feita", disse.

José Augusto Duarte reafirmou declarações que fez à Lusa há uma semana, de que Moçambique "continua a ser um bom país para fazer investimentos", apesar de conflitos armados no centro do país entre exército e a oposição da Renamo e da recente vaga de raptos na capital e noutras cidades.

"Moçambique, de acordo com projeções económicas internacionais, é um dos países com maior crescimento para a próxima década", disse.

"A situação que estamos a viver agora, para bem de todos, será temporária, transitória e o mais curta possível. Não se prevê instabilidade para uma década mas preveem-se grande crescimento para uma década", acrescentou o embaixador de Portugal

O diplomata considerou que a atual vaga de raptos não é dirigida contra a comunidade portuguesa, a qual disse, está tão preocupada com a situação como os demais residentes em Maputo.

A comunidade portuguesa "está com o estado de alma com que estão os habitantes de Maputo, não se diferencia particularmente. A comunidade portuguesa não fica imune a essa situação, vive-a como a vivem os moçambicanos ou qualquer outra nacionalidade que aqui esteja", disse José Augusto Duarte.

"Não é um fenómeno contra a comunidade portuguesa. É um fenómeno de violência que, no meio dela, apanhou, por acaso, ao longo de um ano, quatro cidadãos portugueses, mas, pelos registos que nós temos, são várias dezenas de pessoas que foram envolvidas neste tipo de violência", disse o embaixador português em Maputo.

Dois portugueses, um homem e uma mulher, continuam sequestrados na capital, Maputo.

Um adolescente português foi libertado do cativeiro pelos seus raptores na noite de quinta-feira.

LAS // PJA

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