CGD não pode ser liderada por quem não demonstra transparência sobre rendimentos - BE

| Política
Porto Canal com Lusa

Bragança, 28 out (Lusa) - A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) advogou hoje que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não pode ser gerida por quem não cumpra "deveres de transparência sobre os seus rendimentos", numa alusão à atual polémica no banco.

"Não pode estar à frente da CGD quem não quiser cumprir deveres de transparência sobre os seus rendimentos", realçou Catarina Martins, que falava aos jornalistas em Bragança, à margem de uma visita a uma unidade hospitalar, encontro que integra as jornadas parlamentares do partido.

Toda a situação da CGD "é lamentável", acrescentou a bloquista, numa altura em que se discute os salários da administração, nomeadamente do presidente executivo António Domingues, e uma eventual não apresentação deste da sua declaração de rendimentos como forma de escrutínio público.

"Não há razão nenhuma para quem administra o banco público ter menos obrigações de transparência que um titular de cargos políticos", sustenta Catarina Martins.

Domingues, vincou a dirigente, não tem "condições para não apresentar" os seus rendimentos e a origem destes.

"A CGD é o banco público, o maior banco português, um banco em que todos confiamos e que devia ser notícia por boas razões", continuou a líder do BE.

Admitindo uma "divergência" com o Governo sobre a gestão desta matéria, Catarina Martins foi mais longe: "Não devem ser os banqueiros a chantagear o Estado sobre as condições em que estão ou não a administrar o banco público".

E prosseguiu: "Pagar salários milionários e dar todo o privilégio aos banqueiros não garantiu boa gestão de nenhum".

Neste ponto, o BE apresentará em breve "alternativas" na procura de maior transparência nos escolhidos para o banco público, adiantou a coordenadora do partido.

O PSD anunciou hoje também querer fixar na lei os critérios da "razoabilidade e adequação" nos salários dos gestores públicos, num diploma que visa ainda garantir que a administração da CGD fica obrigada aos deveres de transparência.

Sobre este texto, a líder bloquista disse que "não resolve nada" e passa por um regressar "à lei antiga".

"No passado já tínhamos salários milionários e problemas de responsabilização", disse.

PPF // ZO

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Fim das portagens nas ex-SCUT debatido hoje no Parlamento

A Assembleia da República debate esta quinta-feira, por iniciativa do PS, o fim das portagens em autoestradas ex-SCUT, propostas com um desfecho incerto uma vez que os partidos não “abriram o jogo” em relação aos sentidos de voto.

Petição que exige atualização de pensão para todos entregue até final do mês no parlamento

O movimento Justiça para Pensionistas e Reformados (JPR) pretende entregar até ao final do mês, no parlamento, uma petição a exigir a alteração da norma que estabelece a atualização das pensões apenas no segundo ano de aposentação. Intitulada "Atualização de pensão para todos os pensionistas e reformados", a petição contava esta quarta-feira à tarde com mais de 3.230 assinaturas online.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.