Cerca de 40 alunos abandonaram Escola Portuguesa de Moçambique desde Setembro
Porto Canal / Agências
Maputo, 06 set (Lusa) - Cerca de 40 alunos abandonaram a Escola Portuguesa de Moçambique (EPM), em Maputo, desde que, em setembro, começou o atual letivo, disse à Lusa a diretora do estabelecimento de ensino.
De acordo com Dina Trigo de Meira, a maioria dos alunos que desistiram terá regressado a Portugal, mas não descartou a possibilidade de ter havido transferências para outros estabelecimentos da capital ou do país.
A EPM tem cerca de 1600 alunos, de 14 nacionalidades, do pré-escolar ao 12.º ano.
Em Moçambique residem mais de 20 mil portugueses, que têm manifestado preocupações face à onda de raptos que assola a capital, e outras cidades, como a Beira, e também perante o espetro do regresso à guerra, com o recente eclodir de confrontos armados entre o exército e a Renamo, principal partido da oposição, no centro do país.
Na terça-feira uma cidadã portuguesa foi raptada nos arredores de Maputo, encontrando-se ainda em situação de cativeiro.
Igualmente sequestrados pelo crime organizado encontram-se dois portugueses raptados há mais de uma semana, cuja condição foi revelada na terça-feira pelo cônsul geral de Portugal em Moçambique, Gonçalo Teles Gomes.
"O sentimento é de desespero, angústia e tristeza, porque isto nunca acaba", disse à Lusa, na terça-feira, Horácio Feliciano, presidente da Associação dos Portugueses de Moçambique, lamentando o facto de as autoridades não conseguirem estancar um crime que assola as cidades moçambicanas há dois anos.
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