No Fisco, nos anos de 2014 e 2015, os contribuintes que foram notificados para pagar a dívida, antes dos seus nomes serem publicitados, permitiram recuperar quase 500 milhões de euros, segundo dados facultados ao JN/Dinheiro Vivo pelo Ministério das Finanças.

O Estado recuperou este ano cerca de 58 milhões de euros das listas intermináveis de contribuintes com dívidas fiscais e contributivas. Ao longo dos últimos anos, a estratégia de publicitar os nomes dos devedores, até agora, tem dado resultado. Veja-se o exemplo da Autoridade Tributária, com empresas que após verem o seu nome na lista negra, resolveram regularizar 28,3 milhões de euros, além dos 28,4 milhões de euros pagos por individuais, desde janeiro. Sabe-se que a lista de devedores do Fisco tem 41063 contribuintes, dos quais 29490 são pessoas e 11573 são empresas. O somatório da dívida de todos ronda os 4,1 mil milhões de euros, valor que se fosse devolvido ao Estado daria para limpar o défice que Portugal tem de cumprir este ano, respondendo às imposições de Bruxelas (4,6 mil milhões de euros).

As situações relativas aos contribuintes singulares são as mais numerosas, com 2,65 mil milhões de euros correspondesntes a particulares.

O Fisco devolveu até 31 de agosto 2,3 milhões de euros em reembolsos do IRS, mais 344 milhões de euros do que os reembolsos emitidos em 2015.

Feito o balanço das entradas e saídas, a lista de devedores da Segurança Social tem atualmente 1754 nomes, aos quais correspondem 197 milhões de euros de contribuições e prestações em atraso ou em situação irregular. O número vai aumentar esta semana, já que, até 21 de junho, apenas constavam na lista as pessoas com dívidas superiores a 25 mil euros e empresas com uma dívida de mais de 50 mil euros. Agora, na segunda fase, vão junatar-se todas as empresas que devem entre 10 mil e 50 mil euros, além dos 4520 que seraim elegíveis para a primeira fase e que ainda não pagaram também na segunda oportunidade que lhes foi dada.