Algumas medidas vão além da legislatura e carecem da colaboração do PS - Passos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 31 out (Lusa) - O primeiro-ministro defendeu hoje que a reforma do Estado é um processo contínuo que terá de ser "aprofundado e acelerado", admitindo que algumas medidas não sejam fechadas numa legislatura, apelando à colaboração do PS.
"A reforma do Estado é um processo contínuo que já se iniciou e que terá de ser agora aprofundado e acelerado. Muitas matérias que nós tínhamos pensado que podíamos fazer no país em duas legislaturas, algumas dessas medidas têm de ser comprimidas numa legislatura. Mas há outras que pela natureza das coisas não poderão fechar numa legislatura e até por isso era importante que os partidos da oposição mas em particular o PS dessem a sua colaboração", afirmou Passos Coelho, numa intervenção no debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2014.
O primeiro-ministro considerou que o guião para a reforma do Estado, apresentado na quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, visa "garantir a sustentabilidade do próprio Estado" não apenas em termos financeiros mas também no que respeita "ao seu próprio prestígio e das funções que desempenha na sociedade portuguesa".
O primeiro-ministro lamentou que o PS não tenha participado no debate sobre a reforma do Estado "com medo de ficar associado aos cortes".
"Mas uma vez que agora já ficámos com as dores todas com as medidas difíceis que temos que suportar talvez o PS queira dar o seu contributo", afirmou.
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