Ministro da Saúde considera "inaceitáveis" eventuais faltas de medicamentos pelo baixo custo

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 01 jun (Lusa) -- O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje que é "totalmente inaceitável" se existirem faltas de medicamentos nas farmácias devido ao seu baixo custo e garantiu que o Governo estará atento a esta situação.

Questionado sobre uma notícia de hoje do semanário Expresso que diz que há falta de medicamentos nas farmácias porque dão pouco lucro a quem os produz e vende, Paulo Macedo afirmou que, a verificar-se, tal é "totalmente inaceitável".

"É totalmente lamentável se isso acontece", reforçou o ministro da Saúde, acrescentando que as próprias entidades que produzem e vendem os medicamentos "dizem sempre que o seu primeiro propósito é o de servir o doente", logo, "nunca pode ser o fator preço a estar em primeiro lugar".

No final da cerimónia alusiva ao Dia Mundial da Criança, no hospital D. Estefânia, Paulo Macedo garantiu mesmo que deve ficar "claríssimo" que o Governo nunca deixará que isso aconteça.

O governante referiu que, se necessário, vai pedir ao Infarmed [Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde] para que recorra à importação de medicamentos, designadamente os previstos no formulário hospitalar, ou o laboratório militar pode produzir algumas substâncias, ainda que sempre em termos residuais. O governante não excluiu ainda o recurso às empresas portuguesas que fabricam medicamentos.

"É uma matéria a que estamos extremamente atentos e não é pelo reduzido preço dos medicamentos que há o direito de serem retirados aos doentes", disse Paulo Macedo.

Apesar destas cautelas, o governante disse que o Infarmed faz constantemente a monitorização das faltas de medicamentos em todo o país e que até agora "os mais importantes não têm estado nunca em falta".

Paulo Macedo disse ainda que quer tomar "todas as medidas" para que medicamentos baratos que nunca estiveram no mercado português sejam disponibilizados aos portugueses.

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