A cláusula escondida no programa da Coligação PAF e que ninguém leu

A cláusula escondida no programa da Coligação PAF e que ninguém leu

Há quatro anos e qualquer coisa o PSD apresentou-se a eleições com um programa eleitoral que pelos vistos toda a gente leu; se não o leu antes leu-o depois ou ouviu relatado vezes sem conta pelos comentadores, consoante as conveniências. Não sei se todos os jornalistas o leram, mas sei que pelo menos crêem que sabem o que lá está escrito, porque acreditam nas opiniões veiculadas pelos comentadores, mais ou menos alinhados. Cada um ouve o que quer, mas há a certeza de que as linhas mestras não foram cumpridas. Para não insultar ninguém, direi que as linhas mestras não foram cumpridas, revelaram-se inverdades, é assim que se diz não é?

Fernando Tavares - 12-10-2015 16:23:12

"Proibição de voto aos analfabetos"

"Proibição de voto aos analfabetos"

O momento não é de meias tintas. Isto tem resposta fácil e não requer grandes elaborações. Todos os votos são iguais, devem valer o mesmo ou não? O voto de um analfabeto, mesmo em sentido metafórico, poderá ser tão válido quanto o de alguém esclarecido? Somos um país com 9 milhões e 600 mil eleitores inscritos (dados de Agosto de 2015) e 10 milhões e 300 mil habitantes. Aqui também é preciso fazer algo, pois não me parece que só haja 700 mil pessoas com menos de 18 anos em Portugal.

Fernando Tavares - 02-10-2015 18:59:52

"Os abstencionistas"

"Os abstencionistas"

As eleições lançam sempre este debate, apesar de desta vez ninguém estar por agora muito virado para aí, tenho a certeza que, se não for antes, na noite eleitoral é garantido. É assim aquele assunto em que ninguém quer mexer, ninguém contraria ninguém. Uns varrem para debaixo do tapete, outros lembram a importância do grito deles, nem que seja apenas nesse momento e outros ainda, mais sofisticados, juntam os brancos, nulos para dizer que a maioria do povo não votou.

Fernando Tavares - 24-09-2015 17:25:35

"O país político não vai arrefecer no outono que hoje começa"

"O país político não vai arrefecer no outono que hoje começa"

O debate entre as duas principais forças políticas foi até ao momento essencialmente centrado na questão da sustentabilidade da Segurança Social. Sendo um tema que importa a várias gerações de portugueses, com impactos de longo prazo, qualquer reforma não deverá ser aprovada sem que um amplo consenso entre os principais partidos seja conseguido. Porém, os números hoje divulgados, sobre o défice público do primeiro semestre de 2015 voltam a colocar na agenda os problemas de curto e médio prazo. O cenário mais provável é que o défice deste ano se situe acima dos 2,7% previstos pelo governo. Assim, o Orçamento do Estado para 2016, por força do Pacto Orçamental europeu, terá que ser obrigatoriamente restritivo, o que levantará grandes dúvidas quanto à sua viabilização, caso o próximo governo não tenha uma maioria absoluta que o apoie.

João Cerejeira - 23-09-2015 15:04:39