O secretário-geral do PS criticou hoje a promessa de Pedro Passos Coelho de uma subscrição pública para auxiliar os lesados do BES, recusando voltar a um país onde o acesso aos direitos fundamentais "dependa da caridade do primeiro-ministro".
"Não foi uma gafe o que o primeiro-ministro disse ontem, foi mesmo a tradução do seu pensamento profundo. O entendimento de que estas coisas dos mercados não têm nada a ver com os governos e que os governos podem lavar as mãos como Pilatos quando os mercados desregulados lançam aqueles que confiam no funcionamento das instituições e lesam aqueles que confiam as suas poupanças à especulação e depois se veem traídos", disse António Costa num almoço de pré-campanha que junta hoje em Matosinhos mais de duas mil pessoas.
O secretário-geral do PS criticou assim a promessa feita no sábado por Pedro Passos Coelho, que se disponibilizou para organizar uma subscrição pública para auxiliar os lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) que não tenham recursos económicos para recorrerem aos tribunais, e garantiu que os socialistas rejeitam voltar a um país onde o acesso aos direitos fundamentais "dependa da caridade do primeiro-ministro".