O secretário-geral do PS, António Costa, pediu hoje ao primeiro-ministro para se deixar de "pieguices" e reiterou, em Ermesinde, a "urgência" da vitória do PS nas legislativas de 04 de outubro.
"É altura de lhe [Passos Coelho] dizer: ele que não venha com pieguices porque ninguém o aguenta mais. E no próximo dia 04 vai ter a resposta que merece (...) porque não pode mais continuar a governar o país", sublinhou Costa.
O líder socialista falava num palco montado para o final de uma arruada em Ermesinde, onde por diversas vezes o percurso o trajeto foi interrompido para Costa escutar as preocupações de várias pessoas.
No final, declarou que tem "boa memória" e não se vai esquecer das palavras que lhe foram dirigidas, mas reclamou dos presentes a memória de Passos Coelho enquanto primeiro-ministro.
"Perante o sofrimento do povo", advogou Costa, o presidente do PSD e chefe do Governo soube apenas dizer que este era "piegas", o que demonstrou "falta de consideração e respeito pelo que as famílias passaram ao longo destes anos".
E prosseguiu Costa: "É preciso que ninguém se esqueça das pensões cortadas, dos impostos aumentados, dos empregos destruídos".
Ermesinde foi a freguesia onde no ano passado houve incidentes envolvendo António Costa, já então candidato do PS a primeiro-ministro após as primárias no partido.
O caso ocorreu no dia 22 de junho de 2014, quando António Costa saiu da Comissão Nacional do PS num ambiente de grande confusão e tensão, recebendo algumas palmas, mas com uma dezena de populares a dirigirem-lhe insultos e a exigirem-lhe que voltasse para Lisboa ao mesmo tempo que gritavam "Seguro, Seguro" (nome do anterior líder do PS).
A arruada de hoje - que se seguiu a contactos de rua na Trofa e nas Caxinas, Vila do Conde - foi muito agitada mas sem incidentes dessa ordem.