Legislativas 2015

Saúde: o que prometem os partidos

Porto Canal - 19-09-2015 15:12:54

Nos programas eleitorais para as legislativas deste ano, os partidos desdobram-se em medidas. Médicos e enfermeiros de família, taxas moderadoras, medicamentos, listas de espera, são alguns dos temas presentes nos programas.

Saúde: o que prometem os partidos

Em relação à saúde, os programas eleitorais têm opiniões distintas, dividindo-se em duas partes: os partidos da oposição defendem que só necessárias mudanças e que esta área se encontra debilitada, por outro lado, a coligação Portugal à Frente defende a obra feita e pretende continuar a aposta no SNS.

PSD e CDS garantem que caso saiam vitoriosos no dia 4 de Outubro, todos os portugueses terão médico de família "até ao final de 2017". Dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) apontam que cerca de 1,2 milhões de utentes não têm médico de família atribuído.

Outra das medidas da coligação é generalizar a figura do "enfermeiro da família" e criar novas Unidades de Saúde Familiar (USF), contudo não avança quantas serão. Assim como, pretendem construir um novo hospital - o de Todos os Santos, em Lisboa.

Outras das bandeiras da coligação PSD/CDS são o aumento da quota de medicamentos genéricos para três quartos do volume de mercado, alargar a ADSE - o subsistema de saúde dos funcionários públicos - “a outros trabalhadores”, aumentar a verba destinadas à prevenção de doenças e o lívre-arbítrio dentro do SNS para reduzir tempos de espera e promover uma maior igualdade de tratamento.

Por sua vez, os socialistas prometem médico de família “a mais de 500 mil” utentes nos próximos quatro anos, através da criação de 100 Unidades de Sáude Familiar. Para além disso, o PS promete criar o “Simplex” da saúde e o SIGA, um Sistema Integrado de Gestão do Acesso “que facilite o acesso e a liberdade de escolha dos utentes no SNS”, nomeadamente em áreas onde “a espera é significativa”.

“Integrar as prestações de saúde com as da Segurança Social”, reforçar os cuidados continuados em casa e nos hospitais, “recuperar a importância” da Rede Nacional de Saúde Mental e apostar na prevenção com um Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados, são outras das bandeiras do PS.

A CDU garante o abandono das taxas moderadoras na saúde, caso chegue ao poder. Assim como garante médico de família, a todos os portugueses, nos próximos dois anos. Para além disso o programa prevê ainda a contratação dos profissionais de saúde em falta, a dispensa gratuita dos medicamentos para os doentes crónicos, o combate da privatização da saúde e o aumento da quota de medicamentos genéricos para os 40% em valor.

O Bloco de Esquerda (BE) corrobora com a CDU e promete o término das taxas moderadoras. Para além disso, criará uma taxa extraordinária de apoio à inovação, cobrada anualmente sobre as vendas dos fabricantes.

O regresso ao domínio público da gestão dos hospitais em parcerias público-privadas, o aumento do financiamento da Saúde, o alargamento da rede de urgências básicas, retomar a exclusividade dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, maior financiamento para o combate das dependências, mais dinheiro para combater as dependências, salas de injecção assistida em Lisboa e Porto e a legalização de clubes sociais de canábis são outras das bandeiras do Bloco.

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