Presidente da Câmara do Porto oferece ajuda a homólogo do Funchal
Porto Canal com Lusa
Porto, 10 ago (Lusa) -- O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, escreveu hoje ao seu homólogo no Funchal, Paulo Cafôfo, disponibilizando-se para ajudar aquele concelho afetado pelos incêndios "em tudo o que for pessoal e institucionalmente possível".
Na carta, a que a Lusa teve acesso, o independente Rui Moreira disse confiar na coragem de Cafôfo (também independente) e dos funchalenses para "ultrapassar a destruição destes dias".
"Tenho acompanhado com grande preocupação a tragédia que atinge o Funchal. Estou muito chocado com as imagens do drama, mas também me impressionam imenso as imagens da luta e determinação com que o vejo a si e aos funchalenses a encarar esta terrível provação", disse o autarca do Porto.
"Sei-o, contudo, meu caro Paulo, um homem corajoso, e confio que, como os funchalenses, saberá ajudar a sua cidade a ultrapassar a destruição destes dias", vincou.
O presidente da Câmara do Porto notou que "este tipo de tragédia não é estranho à Região do Porto e do Norte de Portugal onde, agora mesmo, também se trava o mesmo combate".
"Não obstante, a dimensão da desgraça que aconteceu esta madrugada no Funchal não deixa de nos tocar a todos de uma forma ainda mais profunda", observou.
"Entenda, por isso, esta mensagem como um gesto de solidariedade e amizade, que estendo a todos os funchalenses, disponibilizando-me para ajudar em tudo que me for pessoal e institucionalmente possível", acrescentou.
Três pessoas morreram na terça-feira, no Funchal, na sequência dos incêndios que deflagraram no concelho na segunda-feira, disse hoje fonte do Governo Regional da Madeira.
Os incêndios que deflagraram pelas 15:30 de segunda-feira no Funchal provocaram ainda dois feridos graves, cerca de mil desalojados, entre residentes e turistas, muitas casas e um hotel [Choupana Hills] foram consumidos pelas chamas, tendo o fogo descido à cidade na noite de terça-feira e afetado o centro histórico de São Pedro. Os prejuízos materiais são avultados.
As autoridades tiveram de evacuar dois hospitais, diversos hotéis, estando cerca de 600 pessoas no Regimento de Guarnição n.º3 (quartel do Funchal), 300 no estádio dos Barreiros e 50 no centro cívico de São Martinho.
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