OE2013: Jerónimo diz que retificativo confirma que política do Governo é "um desastre"

| Política
Porto Canal / Agências

Seixal, 01 jun (Lusa) - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou na noite de sexta-feira que o Orçamento do Estado retificativo confirma que a política do Governo "é um desastre", referindo que a viragem e o investimento são apenas "uma cortina de fumo".

"Dizem que chegou o momento do investimento, mas aquilo que era verdade há meia dúzia de dias já não o é hoje. O Governo apresentou o orçamento retificativo e com ele desmente a sua própria propaganda", disse, durante um comício no Seixal, no distrito de Setúbal.

Jerónimo de Sousa referiu que a falada hora do investimento não tem correspondência com a realidade.

"Apesar de o orçamento incorporar o chamado crédito fiscal que o Governo tanto apregoou, a previsão que faz é de que a recessão aumente para mais do dobro. O retificativo confirma que a política do Governo é um desastre e que só agrava os problemas do país", defendeu.

O secretário-geral do PCP frisou que em relação ao orçamento inicial, o Governo prevê o agravamento da recessão, o aumento do desemprego e uma quebra do investimento, criticando também o Presidente da República, Cavaco Silva.

"Esta operação que anuncia a viragem e mais investimento não é mais que uma cortina de fumo para encobrir o novo atentado que está planeado contra o povo. Uma cortina de fumo que o Presidente da República quer tornar mais negar e espessa com o truque da fuga em frente para o pós-'troika'", referiu.

O líder do PCP referiu que o objetivo do Governo é reforçar a receita e impor "um novo programa de terrorismo social", que pretende cortar mais de 4.700 milhões de euros.

Jerónimo de Sousa deixou também uma mensagem ao PS de António José Seguro, afirmando que merecem ser criticados enquanto forem solidários com o memorando da 'troika'.

"Dizem que fazemos mal em criticar o PS, mas enquanto o PS afirmar que é solidário e que mantém a sua assinatura merecerá sempre a nossa crítica, pois não pode querer sol na eira e chuva no nabal", defendeu.

Por fim, Jerónimo de Sousa centrou o seu discurso no CDS e no ministro Paulo Portas, afirmando que, "apesar das juras", ainda não foi garantido que não vão aplicar a taxa aos reformados e pensionistas.

"O CDS e Paulo Portas bem podem fazer de conta que são defensores dos reformados no Governo. Mas quem tem tomado todas estas medidas? O PSD, o CDS e também o ministro Paulo Portas", concluiu.

AYL // HB

Lusa/Fim

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