Grécia não exclui necessidade de novos cortes em 2014

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Porto Canal / Agências

Atenas, 25 out (Lusa) -- O ministro das Finanças grego, Yannis Sturnaras, não exclui que no próximo ano seja necessário impor novas medidas de austeridade, apesar de insistir que não haverá cortes "horizontais".

"Não podemos dizer que não haverá qualquer medida" perante um défice financeiro de 500 milhões de euros em 2014, defende Sturnaras numa entrevista hoje publicada pelo jornal grego Ta Nea.

O ministro insiste, no entanto, na recusa em relação a qualquer corte generalizado de pensões e salários, como também considera que não estão certos os cálculos da 'troika', que preveem que o défice de financiamento da Grécia será de cerca de 2.500 milhões de euros em 2014.

Por prever este défice, a 'troika'(Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) pediu a Atenas um ajustamento adicional de cerca de 2.500 milhões de euros em 2014.

Apesar de recusar cortes generalizados das pensões, Sturnaras admite que haverá reduções das prestações sociais.

"Reconhecemos que precisamos de 500 milhões de euros, em comparação com os 2.500 milhões da 'troika'. Mas estes 500 milhões têm que proceder de alguma parte. E tendo em conta que o problema do 'buraco' é dos fundos da Segurança Social, será aí onde é preciso ir buscar", reconheceu.

Nos últimos três anos, já se aplicaram grandes cortes nas pensões e os rendimentos dos pensionistas diminuíram cerca de 30%.

Em geral, o rendimento disponível dos gregos diminuiu desde 2008 cerca de 40%, entre cortes de salários e pensões e subidas de impostos.

No início de novembro, a equipa da 'troika' retoma a avaliação das contas gregas, desta vez centrada nos cálculos orçamentais do próximo ano.

No total, o ministro das Finanças grego tinha calculado que o denominado 'buraco' financeiro atingiria no próximo ano cerca de 5.000 milhões de euros em 2014 e 10.500 milhões de euros até ao final de 2016.

O Orçamento do Estado para 2014 já inclui poupanças adicionais de cerca de 4.000 milhões de euros, o que poderia deixar o 'buraco' em 1.000 milhões.

Sturnaras oficialmente só fala de 500 milhões de euros, enquanto a 'troika' insiste que são necessários 2.500 milhões de euros de cortes adicionais porque alega que o Orçamento é demasiado otimista em relação à arrecadação de receitas fiscais e subestima os gastos sociais.

MC // MSF

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