Brasil: Instituto Lula diz que PGR antecipou juízo de valor "inaceitável"

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Brasília, 04 mai (Lusa) - O Instituto Lula considera que o procurador-geral da República brasileira, Rodrigo Janot, antecipou um juízo de valor de forma "ofensiva e inaceitável" no pedido de investigação do ex-Presidente Lula da Silva que enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"A peça apresentada pelo procurador-geral da República indica apenas suposições e hipóteses sem qualquer valor de prova. Trata-se de uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável, com base unicamente na palavra de um criminoso", lê-se num comunicado em defesa do ex-Presidente Lula da Silva divulgado esta terça-feira no 'site' do Instituto Lula.

A Procuradoria pediu ao STF que investigue o ex-chefe de Estado, três ministros do Governo de Dilma Rousseff e outros 27 políticos por alegado envolvimento no escândalo de corrupção da petrolífera estatal Petrobras.

Rodrigo Janot destacou, no documento, que "no âmbito dos membros" do Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) há novos elementos que demonstram que a "organização criminosa" que atuou na Petrobras "teve um alcance mais amplo do que se imaginava".

Essa "organização criminosa" que desviou dinheiro da petrolífera estatal nunca poderia ter funcionado por tanto tempo e "de uma forma tão ampla e agressiva" no âmbito do Governo Federal "sem a participação do ex-presidente Lula", considerou o PGR.

O Instituto Lula vinca que o ex-Presidente "não participou, direta ou indiretamente, de qualquer dos factos investigados na Operação Lava Jato".

"Nos últimos anos, Lula é alvo de verdadeira devassa. As suas atividades, palestras, viagens, contas bancárias, absolutamente tudo foi investigado e nada foi encontrado de ilegal ou irregular", lê-se no comunicado.

O Instituto Lula repetiu ainda que Lula da Silva "sempre colaborou com as autoridades no esclarecimento da verdade, inclusive prestando esclarecimentos à PGR", e frisou que "o ex-presidente Lula não deve e não teme investigações".

ANYN (EO) // MP

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Vai ou não avançar com demissão? Pedro Sánchez responde às 11h

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, faz esta segunda-feira, pelas 11h (hora de Portugal Continental) uma declaração ao país depois de na quarta-feira ter revelado que ponderava demitir-se e que ia parar para refletir durante cinco dias.

Pedro Sánchez não se demite e diz-se "vítima de mentiras"

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira que continuará à frente do Governo do país, numa declaração em Madrid, no Palácio da Moncloa, a sede do Governo.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.