Líder distrital diz que PS deve abdicar de pelouros em eventual coligação na Câmara do Porto

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 08 out (Lusa) -- O líder da distrital do PS/Porto disse hoje que, numa eventual coligação na autarquia portuense, os socialistas deverão viabilizar as grandes propostas, mas abdicar de pelouros ou entidades municipais, defendendo o diálogo com o presidente eleito, Rui Moreira.

Nas eleições de 29 de setembro, o independente Rui Moreira venceu as eleições para a Câmara do Porto com maioria relativa, ficando a candidatura do PS, encabeçada por Manuel Pizarro, em segundo lugar e a do PSD, liderada por Luís Filipe Menezes, na terceira posição.

Na segunda-feira à noite decorreram duas reuniões entre socialistas -- uma ao nível concelhio e outra ao nível distrital - onde foi discutida a possibilidade de uma coligação entre Rui Moreira e o PS para a Câmara do Porto.

Em declarações à agência Lusa, o líder da distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro -- que esteve presente em ambas as reuniões --, transmitiu a sua posição "pessoal" de que a vontade de cooperação e colaboração do PS na Câmara do Porto "não deve passar pela assunção de responsabilidades executivas nem tão pouco ao nível das empresas municipais".

José Luís Carneiro explicou que, ao nível da reunião da estrutura local -- presidente da comissão política concelhia, Manuel Pizarro, e secretários coordenadores --, "há uma maioria favorável ao estabelecimento dessa coligação, para que o PS participe no poder".

"Todavia, naqueles que se pronunciaram na reunião de comissões políticas concelhias há a afirmação de que o PS deve aceitar um compromisso que viabilize um conjunto de linhas de orientação estratégicas para a cidade do Porto e para a área metropolitana, mas abdicando da participação em pelouros ou em entidades municipais", relatou.

O líder da federação -- que avançou que hoje ao final do dia vai reunir com Rui Moreira -- sublinhou a importância de "não fechar o diálogo que tem que se estabelecer" com o presidente da Câmara do Porto eleito, considerando que "se deve perceber quais são os termos dessa coligação proposta" por Rui Moreira a Manuel Pizarro.

"Tem que se ver isto como um diálogo que está a ocorrer entre a própria concelhia e a distrital por forma a ajuizarmos aquilo que será melhor para os mesmos objetivos", disse, quando questionado entre a divergência de posições.

De acordo com José Luís Carneiro, "os estatutos do PS dizem que compete às comissões políticas concelhias definirem a estratégia para cada um dos municípios", mas, "considerando a importância da Câmara do Porto", é desejável que "todo o PS possa partilhar, perfilhar uma visão".

"Aquilo que o PS decidir agora condicionará a ação política do partido para os próximos quatro anos, senão mesmo para os próximos oito anos", recordou.

O dirigente socialista antecipou os próximos passos deste processo, garantindo que "foi dado espaço para que o presidente da concelhia desenvolvesse as suas diligências para conseguir perceber quais são os contornos dessa eventual coligação".

"O que está previsto agora é que a comissão política concelhia do Porto reúna sexta-feira à noite e tome uma posição sobre esta matéria", explicou, acrescentando que na segunda-feira o tema será discutido no secretariado e comissão política distrital.

JF // PNE.

Lusa/fim

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