Facebook: Rede social não cria novas amizades, mas ajuda a preservar as velhas

Facebook: Rede social não cria novas amizades, mas ajuda a preservar as velhas
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Porto Canal (MYF)

Robin Dunbar, antropólogo e psicológico evolucionista de Oxford, defende que cada pessoa tem um limite de 150 amizades ocasionais, mas que existem vários níveis de amizade e relacionamento. O psicólogo refere que o Facebook não cria mais amizades, mas pode ajudar a manter amigos já existentes através do contacto online.  

De acordo com o PÚBLICO e o The Washington Post, Dunbar, um dos grandes especialistas mundiais na área da amizade, realizou um estudo para tentar perceber o impacto das redes sociais no número de amigos que cada um de nós tem e se a internet ajuda realmente a manter mais amizades. Com base em três mil adultos publicou, este mês, as conclusões que obteve, na Royal Society Open Science.

O psicólogo defende que existem vários níveis de amizade e relacionamento. Com base no seu trabalho, cada pessoa consegue manter cerca de cinco pessoas no seu grupo de apoio de amigos chegados, cerca de 15 pessoas num grupo de amizades suficientemente próximas para se partilharem confidências, cerca de 50 amigos próximos, aproximadamente 150 amigos ocasionais, e cerca de 500 conhecidos.

No total, a investigação de Dunbar aponta para que cada ser humano consiga identificar à volta de 1500 rostos, mas relembra que existe uma variação de acordo com a idade, sexo e personalidade.

As suas conclusões explicam que as redes sociais [não virtuais] continuam aproximadamente do mesmo tamanho do que era descrito antes, mesmo com a expansão das “amizades” online que teoricamente estão disponíveis em sites como o Facebook.

O antropólogo refere ainda que “os constrangimentos que limitam as redes cara-a-cara não são totalmente ultrapassados pelos ambientes online” e acrescenta que “em vez disso, parece que as redes sociais na Internet continuam a ser sujeitas às mesmas exigências cognitivas presentes na manutenção das relações que limitam as amizades fora da Internet.”

Apesar de o Facebook não poder dar mais amigos, pode ajudar a manter amizades já existentes através do contacto online. Aquele círculo restrito de cinco melhores amigos, como referiu Dunbar, pode decair com o tempo se não houver contacto. “As redes sociais na Internet podem muito bem funcionar como um retardador do nível de distanciamento”, conclui Dunbar. “Mas isso isoladamente poderá não ser suficiente para impedir que as amizades venham a morrer de forma natural se ocasionalmente não forem reforçadas com a interacção cara-a-cara.”

Em relação ao estudo se basear em parte em adultos, Dunbar, justifica dizendo que as crianças e os adolescentes “são relativamente fracos a avaliar a qualidade das relações”, e que os adolescentes tendem a ser mais “exploradores” na sua utilização das redes sociais para fazer novos amigos. Ao autor deste trabalho interessa o facto de os adolescentes se terem afastado de sites pouco restritos como o Facebook, como principal rede, para a utilização de alguns serviços mais privados, como é o caso do Snapchat, segundo o que se pode ler no PÚBLICO e no The Washington Post.

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