Ataque no Quénia vai custar 0,5% do PIB do país - Moody's
Porto Canal / Agências
Nova Iorque, Estados Unidos, 26 set (Lusa) - O ataque terrorista a um centro comercial na capital do Quénia vai fazer o crescimento da economia abrandar 0,5%, prevê a Moody's, tendo como base a quebra de receitas que se seguiu a outros episódios de violência.
Segundo uma nota da agência de notação financeira norte-americana, este ataque terá um impacto negativo na revisão do 'rating' do Quénia, atualmente em B1 com perspetiva estável, e "prejudicará o crescimento e as receitas fiscais, mais diretamente através do efeito no turismo, que representa 12,5% do PIB, 7,4% do investimento e 11% do total de empregados" no país.
Tomando como base os efeitos económicos que o ataque da Al-Qaida à embaixada dos Estados Unidos, em 1998, e a violência étnica a seguir às eleições, em 2008, tiveram, a Moody's prevê que o mesmo ocorra este ano, "reduzindo o crescimento do PIB em cerca de 0,5% na época alta do inverno de 2013-2014".
A Moody's não prevê, no entanto, que o ataque tenha consequências em termos de investimento externo nem em ajuda internacional.
O comando islamita 'shebab' atacou, ao final da manhã de sábado, o centro comercial Westgate com granadas e armas automáticas, disparando sobre empregados e clientes antes de se barricar no interior do edifício com reféns.
O cerco e a tentativa de pôr termo à ocupação e sequestro por parte das forças de segurança quenianas durou cerca de 80 horas, tendo terminado na terça-feira à tarde.
O Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, anunciou o fim do ataque e a morte de 61 civis e seis membros das forças de segurança. Cinco atacantes foram mortos e 11 suspeitos detidos, disse.
O movimento islamita 'shebab' afirmou, no entanto, que foram mortos 137 reféns.
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