Cerca de 40% dos portugueses que trabalham na construção civil em Angola não recebem salários há mais de dois meses. Os sindicatos culpam a crise petrolífera. São cerca de 200 mil os portugueses que trabalham no sector da construção em daquele país. 80 mil têm “dois a seis meses de salários em atraso”.

O Jornal de Notícias avança que há muitos trabalhadores que querem regressar a Portugal e "nem dinheiro para o bilhete de avião têm”. Este alerta foi dado por Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção Civil.

Albano Ribeiro afirma que, dada a situação, é provável que mil destes trabalhadores vão passar o Natal a casa e já não regressem a Angola.

Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, afirma que esta situação se deve a uma quebra significativa do valor do barril de petróleo, que se situa agora nos 47 dólares (44 euros).

Alguns destes salários, explica Albano Ribeiro, estão em atraso devido a “angariadores de mão de obra que, quando a crise se agudizou, desapareceram de cena”.

Portugal é o segundo país com maior presença no mercado da construção em África.