Lista E apresenta protesto formal contra ilegalidades nas eleições do Montepio
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 25 nov (Lusa) - O mandatário da lista E concorrente às eleições para o Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM), Carlos Marques, entregou na comissão eleitoral um protesto formal contra "os atropelos e as ilegalidades que estão a falsear" as eleições para o grupo mutualista.
O objetivo deste protesto é denunciar "a desigualdade de tratamento entre as listas, a negação do acesso à informação, às instalações do Montepio e aos associados", lê-se num comunicado hoje divulgado pela lista liderada por Luís Alberto Silva, no qual é considerado que "o processo eleitoral no Montepio Geral está ferido de ilegalidade".
Carlos Marques garantiu que todos os factos serão apresentados às autoridades competentes.
Luís Alberto Silva, candidato pela lista E a presidente do Conselho de Administração do MGAM afirma que "estão em causa os princípios de equidade e de liberdade nestas eleições".
E reforçou: "Como presidente do Conselho de Administração da União das Mutualidades Portuguesas, estou verdadeiramente preocupado e revoltado com o que assistimos neste processo eleitoral que contraria tudo o que o mutualismo é: rigor, transparência e liberdade".
A nota de imprensa revela que "este protesto formal foi enviado para o Presidente da República, primeiro-ministro, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, ministro das Finanças, secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, diretor-geral da Segurança Social, Banco de Portugal e CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários]".
As queixas sobre o processo eleitoral no Montepio não são exclusivas da lista E, já que, há uma semana, a lista D, liderada por António Godinho, que concorre às eleições do grupo mutualista sob o lema "Renovar o Montepio", instaurou um procedimento cautelar na Unidade Central da Comarca de Lisboa solicitando a suspensão do processo eleitoral.
A ação judicial foi entregue por via eletrónica nos serviços daquele tribunal, sendo os requerentes associados do Montepio e candidatos, pela lista D, ao Conselho de Administração da MGAM.
Os requerentes "mais não pretendem do que ver assegurada a legalidade do sistema eleitoral, de modo a que o mesmo decorra de forma justa e transparente, assegurando a todos os candidatos igualdade de oportunidades e de tratamento", lê-se na providência cautelar a que a agência Lusa teve acesso.
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