BES: Lesados do papel comercial terminaram cinco horas de protestos em Lisboa

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 27 ago (Lusa) - Os lesados do BES terminaram hoje cerca das 16:00 uma manifestação de cinco horas junto à sede do Novo Banco, na avenida da Liberdade, em Lisboa, onde foram recebidos por dezenas de polícias e gradeamento antimotim.

"Olhem só para estas grades, isto só falta arame farpado, parece que estamos no Líbano. Isto é uma vergonha num Estado de Direito", disse à Lusa o vice-presidente da Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), Alberto Neves.

O representante da associação salientou que o Estado de Direito deve assegurar a defesa dos cidadãos mais vulneráveis", destacando que a maioria dos manifestantes tem entre 60 e 90 anos e alguns são semianalfabetos.

"Isto diz muito sobre o que se está a passar no país. Muitos dos burlões estão em liberdade e nós somos vítimas do sistema", disse, referindo que "o impasse institucional relativamente a uma solução comercial para estas pessoas, que estão vulnerabilizadas, avoluma o desespero humano".

Foi um dia intenso para manifestantes e polícias. O protesto começou às 11:00 junto ao Ministério das Finanças, passou pela Praça da Figueira e pelo Martim Moniz e parou junto das instalações do Banco de Portugal, na avenida Almirante Reis, onde, tal como em outras ações de protesto, os manifestantes atiraram ovos contra o edifício.

Junto à entidade de supervisão deixaram dois caixões simbólicos e cruzes decoradas com fitas pretas.

Ao longo das cinco horas de caminhada os manifestantes cortaram várias vias ao trânsito e seguiram para a rua do Conde Redondo, onde pararam junto a instalações do Novo Banco.

Daí seguiram para a avenida da Liberdade para terminar mais um dos muitos protesto já efetuados, hoje na sede do Novo Banco, em Lisboa.

Em declarações à Lusa o advogado de 400 lesados do BES, que investiram em papel comercial do GES, Nuno Silva Vieira, promete "uma próxima semana quente".

"Na próxima semana entrará a ação principal e haverá a efetivação das queixas internacionais, entre elas ao Provedor Europeu e às Nações Unidas", disse o advogado.

Nuno Vieira deixou um aviso ao Banco de Portugal (BdP), afirmando que este "só terá um caminho: terá de pagar ou então enfrentar um futuro difícil onde a própria solvência do BdP poderá estar em causa. O interesse nacional e o interesse público são estas pessoas e não normas administrativas".

JMG// ATR

Lusa/Fim

+ notícias: País

Provedoria de Justiça recebeu queixas sobre atuação de juntas de freguesia para com migrantes

A Provedoria de Justiça recebeu quatro queixas sobre a atuação de juntas de freguesia que têm “uma componente essencial” relacionada com os direitos dos migrantes, disse à Lusa fonte oficial do organismo.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.