Bolsa de Lisboa no vermelho penalizada pelo BCP que cai 3,59%
Porto Canal / Agências
Pelas 09:02, em Lisboa, seis ações cotadas no principal índice bolsista português caíam, 11 valorizavam-se e uma, a Impresa, mantinha-se estável nos 0,845 euros.
A praça de Lisboa abriu em alta, mas está agora a negociar em terreno negativo em contraciclo com as restantes bolsas na Europa, que transacionam no verde, animadas pelos resultados trimestrais de empresas que se situaram acima do previsto pelos analistas.
Por cá, o Banif segue a perder 1,56% para 0,0063 euros e a Pharol (antiga PT SGPS) recuava 1,42% para 0,346 euros.
No setor financeiro, o destaque vai para o BCP que cai acentuadamente, embora na segunda-feira tenha apresentado os seus resultados semestrais, com lucros de 240,7 milhões de euros, contra prejuízos de 62,2 milhões de euros em igual período do ano passado.
O regresso do BCP aos lucros agradou aos investidores. Mas, apesar de o líder do banco ter dito que "não há nenhum bloqueio estratégico" e que a prioridade é tornar a instituição "mais sólido, com ou sem fusão", os analistas viram nestas declarações um adiar de uma possível fusão.
A indicação por parte do acionista Sonangol de que não vai entrar com mais dinheiro no BCP também fragilizou a perceção dos investidores no valor dos títulos cotados em bolsa.
A contrariar as quedas, a Galp subia 1,93% para 10,295 euros, seguida da EDP Renováveis que avançava 1,24% para 6,77 euros e da Mota-Engil que recuperava 0,94% 2,59 euros, depois de ter registado perdas avultadas na sessão anterior.
As ações do BPI, por seu turno, subiam 0,38% para 1,047 euros.
Os investidores estão ainda apreensivos em relação à debilidade do mercado chinês e à situação na Grécia.
Na Grécia vão iniciar-se hoje as negociações com os credores com vista a um terceiro resgate financeiro.
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