Matosinhos critica "colaboração" do Conselho Metropolitano com mudanças na STCP
Porto Canal / Agências
"O meu espanto é como é que foi o CmP a viabilizar, com a sua presença, que a reunião tivesse quórum. Vou ter de saber o que se passou, mas que me parece muito grave, parece", frisou Guilherme Pinto, em declarações aos jornalistas no Porto, à margem da apresentação dos Jogos do Eixo Atlântico.
O autarca quer agora perceber o motivo da "colaboração do CmP", feita à "revelia dos municípios", na reunião em que, a dois meses de ser extinta, a Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT) aprovou a alteração de linhas da STCP e a sua concessão por dez anos.
"Uma iniciativa destas, de mexidas à revelia dos municípios não pode ter a colaboração do CmP", vincou o autarca,
"Estas mexidas só aconteceram porque o CmP esteve presente numa reunião onde não devia estar presente, se era este o objetivo da reunião. Mesmo com a abstenção ou voto contra, considero [tratar-se de] uma colaboração que vai ter de me ser explicada.", acrescentou.
"Uma iniciativa destas, de mexidas à revelia dos municípios não pode ter a colaboração do CmP", vincou o autarca.
O Jornal de Notícias de hoje revela que a AMT "provou alterações das linhas" da STCP e a "concessão por 10 anos, a dois meses de ser extinta", numa ação feita "nas costas das câmaras".
O diário acrescenta que a decisão, tomada esta semana com o voto contra de Lino Ferreira, líder executivo do CmP, "garante que a transportadora terá a concessão das ligações fora do Porto por dez anos" e "abre caminho à assinatura do contrato para entregar a operação em definitivo ao consórcio catalão".
O jornal explica ainda que, apesar do voto contra de Lino Ferreira, a sua presença "viabilizou a votação e a proposta" da AMT "passou".
O Governo lançou em 08 de agosto do ano passado o concurso público para a subconcessão da STCP e da Metro do Porto, sendo que apenas em meados de janeiro foi tomada a decisão de adjudicação ao consórcio espanhol TMB/Moventis.
A administração da Metro do Porto já assinou o contrato para exploração e manutenção por dez anos com o consórcio vencedor, mas tal ainda não aconteceu na STCP.
ACG/(JAP) // MSP
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