PS propõe apoio domiciliário a mais seis mil idosos no Porto

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 20 ago (Lusa) - O candidato do PS à Câmara Municipal do Porto apresentou hoje uma programa visando dar apoio domiciliário a "pelo menos mais seis mil idosos" e gerando também "300 novos de trabalho nesta área".

Manuel Pizarro disse à agência Lusa que o "programa custará por ano cerca de 2,5 milhões de euros e poderá ter financiamento comunitário".

Uma parte desse dinheiro será para um "investimento significativo" no apoio direto às instituições, "para que haja mais equipas de apoio domiciliário com uma componente social, doméstica e de saúde".

"Estamos a falar de cerca de 1,3 por cento do orçamento da Câmara Municipal do Porto. Acho que as 55 mil pessoas de maior idade que vivem na cidade merecem bem esse investimento da Câmara do Porto", afirmou Pizarro.

O candidato socialista apresentou o seu programa após a visita que fez ao Lar de Montes dos Burgos, uma instituição gerida pelo Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores do Centro Regional de Segurança Social do Porto.

O lar acolhe 146 pessoas e ainda presa apoio domiciliário a outras 25.

Pizarro prevê no seu programa uma aposta forte na eficiência energética e na "produção de energias renováveis" nas instituições sociais que se dedicam aos mais velhos, poupando assim nos seus custos com a energia.

O Lar de Monte dos Burgos gasta cerca "75 mil euros por ano" com a sua fatura energética, exemplificou.

Pizarro realçou que o Porto precisa de um programa como este porque "é hoje uma cidade muito envelhecida, onde mais de 55 mil pessoas têm uma idade superior a 65 anos".

O índice de envelhecimento, que mede a relação entre a população com mais de 65 anos e a que tem menos de 15 anos, registou "um progresso imenso" no Porto entre 2001 e 2011, tendo passado de 146 para 196.

"Há duas pessoas com mais de 65 anos para cada pessoa com menos de 15 anos", resumiu o candidato do PS.

Pizarro conclui, assim, que "uma cidade que se queira solidária e com coesão social tem que dedicar especial atenção ao problema dos mais velhos e tem que montar uma estrutura" ou reforçar a que já existe, para "ajudar à melhoria da qualidade de vida, da segurança, do conforto e do bem-estar" dessa população.

O atual presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, diz que a coesão social foi a sua grande prioridade, mas Manuel Pizarro sustenta que "os dados objetivos demonstram que a cidade é profundamente desigual e que há muitas pessoas de idade avançada que vivem em condições que não são dignas de pessoas viverem no nosso século".

"Há muitas pessoas idosas, com 80 ou 90 anos, que vivem em casas sem saneamento, algumas vivem em casas sem água, acamadas em lugares inapropriados e sem apoio social adequado", salientou.

Se for eleito presidente da Câmara do Porto, Pizarro pretende, também, "reservar uma área em dois bairros sociais para a criação de pequenos apartamentos de residência assistida", que mantenha a pessoas idosas possam inseridas na comunidade e lhes assegure a autonomia possível.

Além de Manuel Pizarro, a corrida eleitoral no Porto está ser disputada pelo social-democrata Luís Filipe Menezes, os independentes Nuno Cardoso e Rui Moreira, este apoiado pelo CDS, e os candidatos da CDU, Pedro Carvalho, e do Partido Trabalhista Português, José Manuel Costa Pereira.

AYM // MSP

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.