Sócrates critica favorecimento ao Grupo Lena
Porto Canal (SYE)
José Sócrates classifica de “absurda” a acusação que favoreceu o Grupo Lena, cujo administrador, indiciado por corrupção, deverá ficar em prisão domiciliária, esta quarta-feira ao sair do Hospital-Prisão de Caxias.
“A afirmação de que teria havido um favorecimento do Grupo Lena é não apenas falsa, como absurda, incapaz de resistir ao conforto dos números”, diz o ex-governante na carta, enviada ao socialista António Campo e que a SIC teve autorização para divulgar.
Sócrates aproveita para contextualizar a tese relativa ao Grupo Lena numa “campanha de difamação” com “insinuações” que “são falsas, ultrajantes e absurdas”. O engenheiro garante que nunca teve intervenção directa nem indirecta em “nenhum dos alegados concursos que têm vindo referenciados”. Nega também qualquer “proximidade” com Joaquim Barroca.
No que diz respeito à investigação do Ministério Público, Sócrates volta a acusar o procurador titular do caso de não ter provas “solidas” e de não mostrar o que está no inquérito, considera ainda a “situação a que o processo chegou é pura e simplesmente patética” e que “a exótica teoria” de que Carlos Santos Silva, empresário seu amigo, é o “testa de ferro” dos milhões na Suiça é “delirante”.