Apetro, Galp, Repsol e BP em tribunal para impedir a entrada de combustíveis simples
Porto Canal (SYE)
A Galp, Bp, Repsol e a Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (Apetro) colocaram uma providência cautelar, com o objectivo não só de suspender a legislação que as obriga a disponibilizar os combustíveis simples, ou seja, combustíveis sem aditivos, mas também evitar a fiscalização e a aplicação de coimas.
Também foram visadas no processo conjunto interposto pelas petrolíferas as autarquias, a quem compete o licenciamento e a aplicação das coimas em caso de incumprimento por parte de quem vende combustíveis.
“Dependendo da dimensão da companhia, o impacto dos combustíveis simples pode ser brutal”, afirmou o presidente da BP, ao Diário Económico.
O presidente da BP adiantou ainda que o sector já pondera à muito tempo recorrer aos tribunais.
“Em função dos caminhos que cada um seguir, isso poderá ser um cenário mais ou menos real. Em nome só da BP, qualquer agenda que comprometa a qualidade terá obviamente muito impacto na marca BP em Portugal. E a BP não passará ao lado de questões de princípio nesta lei”, comentou o gestor.
As várias empresas têm até 4 de Maio para identificar claramente, em cada posto, a gasolina e o gasóleo simples, sendo que, dos 3.720 postos de abastecimentos nacionais, muitos ainda se encontram em fase de adaptação.