Manoel de Oliveira: Paulo Portas evoca "exemplo na arte e na vida"
Porto Canal / Agências
Lisboa, 02 abr (Lusa) - O presidente centrista, Paulo Portas, recordou hoje Manoel de Oliveira como um "exemplo, na arte e na vida", que, "com paciência perante a incompreensão e a dificuldade", viveu "uma certa ideia de cinema, numa certa ideia de Portugal".
"Manoel de Oliveira é o nosso exemplo, na arte e na vida, de longanimidade: o fruto do espírito de quem tem grandeza de ânimo. Portanto, algo ainda maior do que a longevidade", declarou Paulo Portas.
Numa declaração enviada à Agência Lusa, o líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro afirmou que o cineasta "acreditou e viveu a sua arte, com paciência perante a incompreensão e a dificuldade, com uma certa ideia de cinema, numa certa ideia de Portugal - um cinema de atores, de texto, de composição".
"Se quisermos, cinema de culto, com que Manoel de Oliveira, inúmeras vezes galardoado e celebrado, premiou Portugal. A sua vida longa, esse 'capricho da natureza' como dizia, realizou no cinema 'o espelho da vida'", declarou.
"Realizador, criador e criatura - são palavras suas -, de um Portugal permanente e inesperado, morreu na Semana Santa. Por isso relembro um sermão de Padre António Vieira, cujo génio inspirou Manoel de Oliveira em palavras e utopias: 'Mortal até o pó, mas depois do pó, imortal'", afirmou.
Paulo Portas apresentou, em nome do CDS, à família e amigos do cineasta condolências e "admiração firme perante a sua vida e obra".
O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos, no Porto.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em atividade.
O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em dezembro passado, por ocasião do 106º aniversário.
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