Vila Pouca de Aguiar quer remover amianto das escolas do concelho

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Porto Canal / Agências

Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, 02 mar (Lusa) -- A Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar aprovou por unanimidade uma moção a reivindicar uma inspeção de urgência às coberturas das escolas EB2,3 e secundária e a remoção do amianto detetado.

A Câmara de Vila Pouca de Aguiar informou hoje que os deputados municipais aprovaram na última Assembleia Municipal, que decorreu na sexta-feira, uma moção em que reivindicam, com caráter de urgência, uma inspeção às coberturas dos edifícios da escola EB 2,3 e secundária, "tendo em vista a verificação do estado de conservação das mesmas".

E, se for verificada a "existência de risco para a saúde", exigem que "seja requerida a continuação das obras de remoção do amianto existente".

Já no ano passado, os deputados municipais aprovaram outra moção em que defendiam "que, de forma urgente", se retomassem "os trabalhos de remoção dos revestimentos de amianto existentes nos vários edifícios escolares do concelho".

Na altura, os deputados mostraram-se preocupados com a "interrupção" da intervenção na EB2,3, que abrangeu, até àquela altura, apenas o edifício da cantina.

Desde 01 de janeiro de 2005 que a utilização do amianto está proibida na União Europeia (Diretiva 1999/77/CE) por ser um produto altamente tóxico e que poderá provocar cancro pulmonar, entre outras doenças do foro respiratório, causadas pela inalação continuada das partículas dispersas no ar, devido a fissuras nas estruturas.

No plano de remoção do amianto anunciado, no ano passado pelo Ministério da Educação, estava incluído o parque escolar de Vila Pouca de Aguiar.

Já em janeiro deste ano, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar referiu que o processo de remoção do amianto estava concluído, não prevendo o ministério mais nenhuma intervenção em mais nenhuma escola.

Perante estas declarações, os deputados municipais mostraram-se preocupados e referiram que "tecnicamente não há nenhuma justificação para a não-continuação da remoção do amianto, uma vez que os demais edifícios em causa possuem todos a mesma idade e idêntica cobertura".

Os parlamentares afirmaram ainda que o "problema para a saúde pública se mantém pois a maioria dos edifícios da EB2,3 ainda se encontra com esse tipo de cobertura, assim como a cobertura das passagens que ligam os vários pavilhões neste edifício e também na escola secundária".

Na EB2,3 estudam cerca de 480 alunos e na secundária à volta de 470.

A moção, aprovada por unanimidade pelos deputados da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar, resultou de uma iniciativa da oposição socialista, a quem se juntou depois a maioria PSD.

O documento vai ser enviado ao Ministério da Educação, direção do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar e Associação de Pais e Encarregados de Educação.

PLI // MSP

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