Cerca de 5.000 polícias vão proteger escolas judaicas de França
Porto Canal
Cerca de 5.000 polícias e guardas franceses vão ser mobilizados para proteger todas as escolas judaicas do país e militares vão ser enviados como reforço nos próximos dois dias, anunciou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
Cazeneuve fez este anúncio perante os pais de alunos de uma escola judaica dos arredores a sul de Paris, perto do local onde Amedy Coulibaly, um dos autores dos atentados da semana passada, matou uma agente da polícia, antes de atacar um supermercado do leste de Paris.
Desde quarta-feira passada, registaram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, totalizaram 20 mortos e começaram com o ataque ao jornal Charlie Hebdo.
Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira passada, na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se tinham barricado.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, tendo a polícia estabelecido "uma ligação" entre os dois 'jihadistas' suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Na sexta-feira, ao fim da manhã, cinco pessoas foram mortas num supermercado 'kosher' (judaico) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto durante a operação policial.