Reforço militar em Paris e arredores
Porto Canal
Cerca de 500 militares vão ser distribuídos por Paris e zonas envolventes, no âmbito do plano de proteção anti terrorista Vigipirate, anunciou hoje o Estado Maior do Exército francês, na véspera de uma manifestação na capital a favor da liberdade.
"Este reforço de 500 militares é na região que abrange Paris" e vai fazer-se "em duas fases", disse o porta-voz do Estado Maior, o coronel Gilles Jaron.
Os militares que vão juntar-se ao efetivo policial no terreno, num total de 1.100 homens hoje e 1.350 no domingo na região de Paris.
Na manifestação participam vários líderes mundiais e Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pela presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
França registou, desde quarta-feira, três incidentes violentos, que começaram com o atentado à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris, provocando 12 mortos (10 jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos.
Os dois suspeitos, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se barricaram.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, e fontes policiais estabeleceram já "uma conexão" entre os dois 'jihadistas' suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Na sexta-feira, ao fim da manhã, pelo menos quatro pessoas foram mortas numa loja 'kosher' (judaica) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi igualmente morto durante a operação policial.