Nenhum aluno ficará de fora do ensino por não existirem turmas - Nuno Crato

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 29 jul (Lusa) -- O ministro da Educação garantiu hoje que nenhum estudante vai ficar de fora do sistema de ensino por não existirem turmas e salientou que o processo vai ser redimensionado em função das necessidades específicas de cada escola.

Nuno Crato, que falava à margem da cerimónia de investidura do reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, afirmou que "é um processo natural que está em curso".

A imprensa de hoje noticia que o despacho da rede escolar do Ministério da Educação para o próximo ano, que chegou às escolas na sexta-feira ao final da tarde, define cortes nas turmas no ensino regular e nas turmas de cursos profissionais e Cursos de Educação e Formação (CEF).

Com o despacho, os diretores de turma das escolas viram não ser aprovadas turmas que já tinham sido constituídas e com alunos matriculados.

O ministro da Educação e Ensino Superior negou ter feito qualquer despacho e referiu que está em curso um processo de constituição de turmas nas diversas escolas básicas e secundárias do país.

Explicou que houve um primeiro movimento, uma listagem de turmas por parte da Direção Geral de Estabelecimentos Escolares. Agora, acrescentou, "há escolas que estão a por em questão a redução de algumas turmas e, portanto, isto vai ser redimensionado em função das necessidades específicas de cada escola"

Nuno Crato salientou que a direção geral "está neste momento a analisar as questões que lhe têm sido colocadas pelas diversas escolas", tratando-se de um processo que, "no essencial, amanhã deve estar terminado"

"Nós temos que ter uma atenção com os estudantes que de facto existem e pela demonstração que existem estudantes interessados nesses cursos é evidente que nós vamos ter que abrir as turmas necessárias. Não há nenhum estudante que vai ficar de fora do sistema de ensino por não existirem turmas", frisou.

Questionado sobre a possibilidade de o processo ter sido precipitado, o ministro afirmou que "se precipitação houve foi a tirar conclusões que isto era definitivo"

"Não há precipitação nenhuma. É feita uma primeira listagem de turmas. Agora a direção geral está a aberta a ver com as escolas quais são as turmas que é necessário adicionar a essa listagem", sublinhou.

Em reação a este processo de constituição de turmas, Rui Santos, deputado e porta-voz do PS para a área da Educação, acusou o Governo de andar "completamente desnorteado".

"É óbvio que nesta altura de organização do ano letivo não é razoável esta alteração. É mais uma alteração que perturba os nossos estudantes, os nossos jovens e as nossas escolas. Não é aceitável e nós responsabilizaremos o senhor ministro pelo caos que mais uma vez está a instaurar nas escolas em Portugal", afirmou também, à margem da cerimónia em Vila Real.

Para o deputado, "é inaceitável e mostra bem que este ministro há muito tempo que não sabe para onde vai e por muito que os ventos sejam favoráveis, não sabendo para onde vai, não encontra o caminho para uma educação de qualidade".

Rui Santos adiantou que o PS vai levar esta questão ao Parlamento e exigir explicações ao ministro Nuno Crato no âmbito da Comissão de Educação, Ciência e Cultura.

PLI (DD) // GC.

Lusa/Fim

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